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´Chance zero´ de votar aumento salarial hoje, diz Chinaglia

Comissão da Câmara propõe reajuste de 26,42% a Executivo e Legislativo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que os projetos de decreto legislativo que aumentam os salários do Legislativo e do Executivo não serão votados nesta quinta-feira, 22, no plenário. "Chance zero de votar esses projetos hoje", afirmou. Ele observou ainda que não tinha conhecimento das propostas aprovadas esta manhã, na Comissão de Finanças e Tributação, que reajusta os salários de deputados, senadores, presidente, vice e ministros em 26,49%. O porcentual de reajuste é de 26,49% e corresponde à inflação do período de janeiro de 2003 - quando os salários foram reajustados - a fevereiro de 2007, de acordo com o índice do IPCA, que corresponde à inflação. Ao ser perguntado se as propostas serão votadas na próxima semana, Chinaglia disse que qualquer decisão será tomada no plenário, em comum acordo com os demais líderes partidários. De acordo com os projetos, o salário do presidente da República aumentará, dos atuais R$ 8.500, para R$ 11.239,24. Os vencimentos do vice-presidente da República e dos ministros de Estado sobem, dos atuais R$ 8 mil para R$ 10.578,11, e os salários dos deputados e dos senadores, atualmente em R$ 12.847,20, passam para R$ 16.250,42. Polêmica sobre reajuste O reajuste dos salário parlamentar já causou polêmica. Em dezembro do ano passado, deputados e senadores decidiram em reunião aumentar seus próprios salários em quase 100%, exatos 90,7%. A remuneração - sem contar as verbas indenizatórias e demais benefícios - passaria de R$ 12,8 mil para R$ 24,5 mil. A atitude dos parlamentares teve repercussão negativa e o reajuste foi suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal. Caso fosse mantido, o aumento geraria um efeito cascata nas Assembléias (Estados) e Câmaras (municípios), uma vez que os salários de deputados estaduais e vereadores é calculado com base na remuneração de Brasília. Segundo estimativa da ONG Contas Abertas, cada deputado custa cerca de R$ 100 mil aos cofres da União. Além do salário de 12.847,20 - recebido de 15 a 19 vezes ao ano, conforme o número de sessões extraordinárias -, os parlamentares contam ainda com R$ 50.818,82 de verba de gabinete e R$ 15 mil em verbas indenizatórias - que podem ser gastas em gasolina, alimentação, hospedagem, diárias, consultorias, material de escritório etc. Ainda contam com R$ 3 mil de auxílio moradia e R$ 4.268,55 previstos para postagens e telefonia, além da cota de passagens aéreas, que varia dependendo do Estado de origem do parlamentar - cada deputado tem direito a quatro passagens ida e volta por mês para seu Estado de origem, e assistência médica sem limite. Texto ampliado às 17h04

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