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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Bolsonaristas ficam estarrecidos com depoimento de hacker, mas cobram provas

Integrante da campanha do ano passado afirma desconhecer os crimes, mas vê relatos como “verossímeis”

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Foto do author Eduardo Gayer
Por Eduardo Gayer

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão em verdadeiro estado de choque com o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. As declarações caíram como bomba na cena política de Brasília, mas o entorno de Bolsonaro, sob reserva, ainda cobra a apresentação de provas por parte de Delgatti.

À CPMI, o hacker afirmou que Bolsonaro ofereceu a ele um indulto presidencial para invadir o sistema das urnas eletrônicas e expor supostas vulnerabilidades, além de grampear o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-presidente Jair Bolsonaro  Foto: Andre Borges

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Um integrante da campanha de Bolsonaro em 2022 afirmou à Coluna, sob reserva, que não tinha conhecimento de qualquer um desses crimes, mas que percebia a atuação silenciosa de “loucos” com acesso direto ao ex-presidente. Para essa fonte, os relatos são “verossímeis” e “estarrecedores”, mas precisam ser provados ou serão “palavras ao vento”.

Outro aliado de Bolsonaro exige provas antes de fazer qualquer comentário, mas vê os episódios narrados por Delgatti como “muito graves” e com o potencial de resultar na cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal citada como ponte entre o hacker e o ex-presidente.

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