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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Bolsonaro pediu ao PL para não recorrer ao TSE se Moro for absolvido de cassação

Partido do ex-presidente se uniu ao PT para cassar o mandato do senador, ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça

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Por Roseann Kennedy

O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao PL para não recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se o senador Sérgio Moro (União-PR) for absolvido, na instância estadual, do processo que pede sua cassação. A ação foi apresentada pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV). O PT, por sua vez, promete recorrer ao TSE se o adversário não perder o mandato.

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Foi o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quem orientou as lideranças paranaenses a não dar prosseguimento à ofensiva contra Moro. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, com participação da Coluna do Estadão na bancada de entrevistadores, Flávio afirmou que discorda da ação movida contra o ex-juiz da Lava Jato e que ela não foi movida pelo “PL de Bolsonaro”, mas por lideranças paranaenses do partido.

“Acabam usando uma narrativa contra o partido inteiro por causa de uma situação específica do Paraná, que do meu ponto de vista é errada, ainda mais pelos fundamentos apresentados. Acho um erro político e jurídico o PL do Paraná ter entrado com essa ação”, disse o filho “zero um”.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Nos bastidores, a avaliação é que o desgaste político de o PL estar associado ao PT nesta ação é mais danoso que as desavenças antigas com Moro.

Recentemente, Moro procurou Flávio para uma reaproximação com o clã Bolsonaro. O senador deixou o Ministério da Justiça do governo passado em 2020, acusando o ex-presidente de interferência na Polícia Federal.

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Esse não foi o único recuo na relação com os aliados que viraram desafetos. Na entrevista ao Roda Viva, Flávio também considerou águas passadas o episódio com a deputada Carla Zambelli (PL-SP). Uma ala dos bolsonaristas costuma creditar à parlamentar a derrota do ex-presidente na tentativa de reeleição, após ela ter perseguido à mão armada um eleitor lulista na véspera da eleição.

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