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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Caso Elon Musk vira novo round da CPMI do 8 de janeiro no Senado; entenda

Comissão criada após os atos golpistas aprova audiência para debater impacto das big techs no processo democrático, e chama bolsonaristas para o embate

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Por Roseann Kennedy

Os ataques do bilionário Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontam para um novo “round” da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Criada como um desdobramento da CPMI, a Comissão de Defesa da Democracia do Senado fará uma audiência pública para debater o impacto de big techs no processo democrático. Foi um pedido da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que foi relatora da CPMI do 8 de janeiro.

A senadora Eliziane Gama, na leitura do relatório final da CPMI do 8 janeiro, que pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: BRUNO SPADA/AGENCIA CAMARA

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“Nenhuma empresa e nenhum empresário, sobretudo quando instalados em um país estrangeiro, pode se contrapor frontalmente ao Estado democrático”, diz a senadora. Ainda não há data para a audiência pública na Comissão do Senado, mas a ideia é convidar especialistas em direito digital, órgãos de estado como AGU e entidades de.defesa da democracia para debater o tema.

A audiência deve esquentar os embates entre bolsonaristas e não bolsonaristas, tal como foi na CPMI do 8 de janeiro. Os aliados do ex-presidente saíram em defesa de

O Senado assumiu o protagonismo no debate da regulação das redes sociais, que ganhou tração após o caso Elon Musk. A Câmara, por sua vez, freou as discussões, ao retirar o projeto de lei das fake news de pauta e criar um novo grupo de trabalho para discutir o tema do zero.

Como mostrou a coluna de Vera Rosa, do Estadão, a resposta institucional ao dono do X, que ameaçou descumprir decisões judiciais brasileiras, tornou-se a nova queda de braço entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

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“A democracia e as nações não podem naufragar diante dessa avalanche tecnológica. A tecnologia deve obedecer a imperativos humanos, não o contrário.... E no Brasil temos um Estado profundamente democrático – nesse sentido, um dos mais avançados do mundo, o que garantiu, por exemplo, a contenção das atitudes golpistas de 8 de janeiro”, acrescentou Eliziane, no requerimento aprovado.

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