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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Dino e Gonet podem ser sabatinados ao mesmo tempo; formato inédito ajudaria ministro de Lula

Presidente da CCJ, Davi Alcolumbre avalia unificar as sabatinas de indicados ao STF e à PGR, marcadas para o dia 13

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Por Eduardo Gayer
Atualização:

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou a colegas que deseja unificar as sabatinas de Flávio Dino e Paulo Gonet no colegiado. Inédito, o formato é visto com reservas por senadores da oposição, pelo potencial de reduzir a artilharia sobre o atual ministro da Justiça, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Dino sofre mais resistência no Congresso em relação a Gonet, indicado à Procuradoria-Geral da República. Ainda assim, a tendência é que os dois sejam aprovados.

O presidente Lula (ao centro) com seus indicados à PGR e ao STF, Paulo Gonet (à esquerda) e Flávio Dino (à direita).  Foto: FOTO: RICARDO STUCKERT/PR

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Alcolumbre já confirmou as duas sabatinas para o mesmo dia, 13 de dezembro, mas ainda não revelou o formato da sessão de perguntas e respostas. O senador Espiridião Amin (PP-SC) sugeriu ao presidente da CCJ que divida as sabatinas: faça uma no dia 12 e outra no dia 13 de dezembro. Ou, ainda, iniciar o dia 13 com Dino ou Gonet e só depois abrir a sabatina do segundo indicado.

Mas a ideia predileta de Alcolumbre, aliado de primeira hora do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é deixar Dino e Gonet na mesma mesa, em uma sessão iniciada nas primeiras horas da manhã e sem hora para terminar. “Eu gosto de fazer coisas novas”, brincou Alcolumbre com alguns colegas. Os indicados precisam ser aprovados na CCJ e no plenário do Senado para ganharem a confirmação nos novos cargos.

A relação entre Alcolumbre o Palácio do Planalto tem sido instável ao longo do ano, mas se fortaleceu na semana passada após o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), votar a favor da PEC que limita as decisões monocráticas de ministros do STF.

O texto, aprovado no Senado e que aguarda votação na Câmara, é patrocinado por Alcolumbre como forma de pavimentar o apoio de bolsonaristas à sua candidatura à sucessão de Pacheco em 2025.

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