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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Governo Lula vai autorizar suspensão de recolhimento de FGTS no RS

Portaria será publicada pelo Ministério do Trabalho e inclui outras medidas como férias coletivas e antecipação de feriados; medida atende a apelo da federação das indústrias do Estado

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Por Augusto Tenório
Atualização:

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, publicará nesta quarta-feira, 08, uma portaria que autoriza aos empregadores do Rio Grande do Sul suspender o recolhimento do FGTS. O ato também permitirá a adoção do regime de teletrabalho, antecipação de férias individuais, concessão de férias coletivas e antecipação de feriados. A decisão é para minimizar o impacto econômico nas empresas, devido às enchentes que deixaram 2/3 dos municípios do Estado em situação de calamidade.

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A portaria vai regulamentar a Lei nº 14.437/2022, que prevê flexibilização de regras trabalhistas em casos de estado de calamidade. O texto foi promulgado como uma adaptação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda adotado durante a pandemia de Covid-19.

A legislação prevê que, para essas medidas entrarem em vigor, o Ministério do Trabalho defina em ato a sua abrangência e a duração. Os depósitos suspensos do FGTS poderão ser pagos de forma parcelada pelas empresas, sem a incidência da atualização ou multa, no prazo que será definido pela pasta.

Essas demandas foram apresentadas a Luiz Marinho pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em reunião virtual nessa segunda, 06. A entidade também solicitou a concessão de um Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), aos moldes do que foi feito durante a pandemia.

O ministro avaliará a concessão do benefício durante os próximos dias. O mecanismo autorizaria redução proporcional de jornada de trabalho e salário e suspensão temporária do contrato. Nesses casos, o governo pagaria uma bolsa complementar aos trabalhadores.

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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT).  Foto: Wilton Júnior/Estadão