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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

O esquema dos empresários de Brasília na negociação do arcabouço

Sem cargo público, Paulo Octávio esteve em todas as reuniões para tratar do Fundo Constitucional do Distrito Federal

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Por Roseann Kennedy
Atualização:

Ninguém soube explicar porque, mesmo sem mandatos desde 2010, Paulo Octávio figurou em todas reuniões que discutiram a retirada do Fundo Constitucional do Distrito Federal do novo arcabouço fiscal. Sua única credencial é a presidência do PSD local, que não tem nenhum deputado ou senador. A resposta talvez esteja no fato de ser um megaempresário do sempre vantajoso mercado imobiliário brasiliense, onde se abrigam muitos congressistas.

Paulo Octávio, empresário e ex-governador do Distrito Federal Foto: Andre Dusek

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Em 2010, Paulo Octávio renunciou ao cargo de governador após ser alvo da Operação Pandora. Em 2014, chegou a ser preso após ser acusado de pagar propina a funcionários públicos. Parte das acusações prescreveu depois que ele completou 70 anos. Em 2022, ele disputou o governo do Distrito Federal e teve apenas 123 mil votos. Os negócios, porém, continuam na casa dos bilhões de reais.

OUTRO LADO

O ex-governador Paulo Octávio afirmou à Coluna que não tem interesse empresarial na negociação sobre o Fundo Constitucional do Distrito Federal. Disse que se empenhou politicamente, especialmente no Senado, porque preside o PSD local, mesmo partido do relator do arcabouço e do presidente da Casa, senadores Omar Azis (AM) e Rodrigo Pacheco (MG).

Informou, ainda, que era deputado quando o fundo foi criado, em 2002, na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que trabalhou pela aprovação e que todos os gestores do Distrito Federal, independentemente do partido, atuam pela manutenção dessas verbas.

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