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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Proposta de pagar dívida de leniência com realização de obras não anima empreiteiras

Empresas pleiteiam repactuação de acordos

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Por Beatriz Bulla
Atualização:

As empreiteiras envolvidas em corrupção que negociaram acordos de leniência durante a operação Lava Jato não têm se animado com a possibilidade de pagar uma parte das multas devidas à União com a realização de obras públicas paralisadas. A proposta, discutida entre Tribunal de Contas da União e governo Lula, é vista como um mau negócio. Empresas alegam que isso gera custo, quando o que elas buscam é o contrário: diminuir os gastos. Por isso, a estratégia de pleitear repactuação dos acordos segue em pé. Além de falta de capacidade de pagamento, advogados das companhias dizem que a proposta não resolve casos em que informações dadas por delatores, usadas para calcular as multas, não se comprovaram na justiça.

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RENEGOCIAR. Um dos casos mencionados como exemplo é o da acusação de suposta venda de apoio parlamentar por Aécio Neves para beneficiar a Andrade Gutierrez e a Odebrecht na licitação das usinas de Santo Antônio e Jirau. O STF concluiu que a denúncia “genérica” não indicava a possibilidade material de Aécio de agir em favor das empresas.

RETORNAR. Há grande expectativa nas empreiteiras com o governo Lula. A avaliação é de que o presidente irá trabalhar para ressuscitar a indústria de construção, em especial as companhias envolvidas na Lava Jato. Durante a campanha, Lula criticou a investigação por não ter garantido a sobrevivência das empresas.

APOSTA. Um amigo de Lula disse a empresários que há dois outros ramos da indústria que o presidente também quer ver florescer: o químico e o farmacêutico.

ODE2147 SÃO PAULO 13/02/2017 NACIONAL FACHADA ODEBRECHT Fachada da sede da empreiteira Odebrecht situada na Rua Lemos Monteiro, 120, Butantã . FOTO JF DIORIO /ESTADÃO Foto: JF DIORIO /ESTADÃO - 13/2/17
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