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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Votação da reforma tributária expõe fidelidade bolsonarista no Senado e traz alerta a Lula

Governo saiu vitorioso, mas votação foi apertada com forte rejeição dos aliados do ex-presidente

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Foto do author Eduardo Gayer
Por Roseann Kennedy e Eduardo Gayer

A votação da reforma tributária no Senado explicitou que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem aliados fiéis na Casa, mesmo em temas descolados da pauta de costumes. Apesar da vitória do governo Lula, os articuladores do Planalto suaram a camisa para entregar os 53 votos a favor da reforma. Antes da votação, o clima era tenso.

Já Bolsonaro, após reunir sua base em um jantar, viu o PL votar em peso contra o governo, e até Romário (RJ), que nunca foi “bolsonarista raiz”, decidiu pelo “não”. No partido, só Eduardo Gomes (TO), que foi líder do governo passado no Congresso, deu aval ao texto - e contratou uma crise para ele na sigla. Mais um sinal para Lula de que, ao contrário do início do ano, as maiores dificuldades agora estão no Senado, e não na Câmara.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que tenta barrar a reforma tributária do governo Lula. Foto: Luiz Santana-ALMG

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Em números, 90% do PL seguiu Bolsonaro para a reforma tributária no Senado, frente a 78% na Câmara. Não à toa, o ex-presidente foi ontem negociar pessoalmente com a bancada de deputados, que agora terão de analisar novamente o texto aprovado pelos senadores.

Entre declarados apoiadores do ex-presidente que não seguiram sua orientação está o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil.

À Coluna, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), designado por Bolsonaro para tentar frear a reforma tributária junto a aliados, afirmou que Eduardo Gomes não avisou a ele que votaria com o governo. Ponderou, no entanto, que o senador não foi ao jantar promovido por Bolsonaro.

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