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Contingenciamento será necessário para as contas entrarem nos eixos, afirma Dilma

Após encontro com primeiro-ministro da China, presidente brasileira diz que corte não será nem excessivo nem flexível nem frágil demais e defendeu que momento é de fazer 'reformas difíceis'

Por Rafael Moraes Moura , Ricardo Della Coletta e Victor Martins
Atualização:

Ampliado às 15h50

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse na tarde desta terça-feira, 19, no Palácio do Planalto, que o contingenciamento no Orçamento de 2015 não será "nem excessivo", nem "flexível demais". Em meio à discussão da equipe econômica sobre a dimensão do corte, que deve ficar entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões, Dilma afirmou que será "aquele necessário para garantir que as contas públicas entrem nos eixos".

A presidente conversou com jornalistas após cerimônia de assinatura de atos, no Planalto, por ocasião da visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang. "Nós faremos o contingenciamento necessário. Ele é um contingenciamento que tem de expressar a situação fiscal que o País vive", afirmou a presidente.

Dirigindo-se aos repórteres, Dilma prosseguiu: "Vocês podem ter certeza de que (o corte não será) nem excessivo, nem flexível demais, nem frágil demais. Que não seja aquele necessário para garantir que as contas públicas entrem nos eixos", afirmou.

PresidenteDilma Rousseff durante evento oficial no Palácio do Planalto Foto: Dida Sampaio/Estadão

O planalto aguarda a aprovação do projeto de lei que trata da desoneração da folha de pagamento para só então anunciar oficialmente o tamanho dos cortes.

Ainda durante o discurso, a presidente afirmou que o tempo das reformas fáceis já passou no País, e que o momento é de serem feitas as reformas "difíceis".  "O presidente Xi Jinping, quando falou sobre desenvolvimento econômico em seu país, afirmou algo que temos de prestar atenção. Disse que o tempo das reformas fáceis havia passado, cabendo implantar as difíceis", declarou a presidente, que emendou: "Algo semelhante está ocorrendo no Brasil".

Ao fazer um breve histórico sobre a política econômica, Dilma disse que o governo passou por um período de construção de medidas que garante estabilidade ao País. Em seguida, afirmou que "simultaneamente, nós temos de buscar ampliação da nossa capacidade de investimento e isso deve contribuir para aumentar a nossa produtividade".

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