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CPI das Pirâmides Financeiras vai convocar donos da 123 Milhas por cancelamentos de viagens

Empresa anunciou que suspendeu emissão de passagens de linha promocional para o período de setembro a dezembro. Presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro, vê indícios de pirâmide finaceira

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Por Tácio Lorran

BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras quer convocar os donos da 123 Milhas para cobrar explicações sobre o cancelamento de pacotes e emissão de passagens da linha promocional PROMO para o período de setembro a dezembro. A informação foi antecipada ao Estadão pelo presidente da CPI, o deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).

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Na Receita Federal, a 123 Milhas tem como administradores os irmãos Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Julio Soares Madureira. A empresa Novum Investimentos Participações, de Cristiane Soares Madureira do Nascimento, aparece como sócia.

“Vamos concovar [os donos] pois isso é uma pirâmide. Venderam, venderam e venderam, e agora acontece isso”, disse Aureo Ribeiro, ao pontuar que sua equipe já prepara a elaboração do documento que será apresentado à CPI para aprovação dos deputados. Nas redes sociais, o deputado acrescentou que “muitas famílias se programaram e agora todo o sonho vai por água a baixo”.

Ao anunciar a suspensão, a 123 Milhas afirmou que irá devolver integralmente os valores pagos pelos clientes, com correção monetária acima da inflação, que compraram passagens, hotéis e pacotes de viagem.

“Nós entendemos que essa mudança é inesperada e lamentamos o inconveniente que isso possa causar. Para nós, manter a sua confiança é o mais importante. Por isso, estamos fazendo o possível para minimizar as consequências deste imprevisto”, diz a nota.

Na prática, as passagens já emitidas, que possuem localizador ou e-ticket, estão mantidas. Os pedidos da linha PROMO que ainda não foram emitidos, com embarques previstos para os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2023, serão cancelados.

Além da CPI das Pirâmides Financeiras, os ministérios da Justiça e do Turismo também vão investigar a empresa. A apuração deverá ser feita pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

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Os consumidores que se sentirem lesados poderão fazer registro na plataforma consumidor.gov.br.

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