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CRÍTICA A TEMER SERÁ PLATAFORMA ELEITORAL

Fora dos holofotes do processo de impeachment de Dilma Rousseff, Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) preparam o discurso para a disputa eleitoral de 2018 e não devem poupar críticas à gestão Michel Temer.

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Foto do author Julia Lindner
Por Isadora Peron , Julia Lindner e BRASÍLIA
Atualização:

Marina, que declarou apoio ao impeachment, tem mantido a crítica de que o governo não tem legitimidade e é tão responsável pela crise atual quanto a presidente petista cassada. “Não podemos nos fiar apenas na competência técnica da equipe econômica, há que se reconhecer a insolvência política do governo, que tenta mostrar que é outro sendo o mesmo, enfrentando uma crise que ele mesmo ajudou a produzir”, afirmou a ex-senadora.

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Conhecido por não ter papas na língua, Ciro avisa que fará oposição ferrenha ao governo. “A relação com um governo ilegítimo, ilegal e usurpador terá minha oposição, crítica e atenção redobrada.”

Base. Os questionamentos partem também de nomes de legendas que integram o grupo de sustentação a Temer, como o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que tentam se cacifar para concorrer à Presidência.

Mesmo o DEM sendo um dos principais parceiros de Temer, Caiado tem mantido uma postura crítica em relação ao governo e já ameaçou abandonar o projeto político do peemedebista se não houver mudanças de rumo. Ele questiona, por exemplo, a aprovação do reajuste para servidores do Judiciário, que vai gerar um efeito cascata no funcionalismo público e dificultar o ajuste fiscal.

Bolsonaro, por sua vez, afirma que vai adotar “postura independente”. O deputado critica o fato de Temer manter programas que foram criados pelo PT, como o Mais Médicos. “Tem de agravar penas, botar um ponto final na indústria da demarcação de terras indígenas e dar um chega para lá no Mercosul”, afirma o deputado federal.