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Cunha mantém previsão de início da votação do impeachment para 14h do domingo

Se os discursos dos deputados se estenderem muito, o caminho para encurtar a sessão, segundo Cunha, é a apresentação de um requerimento de encerramento de discussão

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: DIDA SAMPAIO|ESTADÃO

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), calculou que, se for mantido o ritmo da manhã deste sábado da discussão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, os pronunciamentos dos partidos serão encerrados às 22 horas. Em seguida, começarão os discursos individuais dos deputados. Cunha disse que está mantida a previsão de iniciar a sessão de votação do impeachment às 14 horas deste domingo. Como aconteceu de sexta para sábado, as sessões continuarão pela madrugada.

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Se os discursos dos deputados se estenderem muito, o caminho para encurtar a sessão, segundo Cunha, é a apresentação de um requerimento de encerramento de discussão. O requerimento pode ser apresentado depois de pelo menos três discursos a favor e três discursos contra o afastamento da presidente. O problema é que estão inscritos 249 deputados para discursar (170 a favor do impeachment e 79 contra). “Neste ritmo, até as dez da noite acaba (a discussão dos partidos). Se os atrasos se sucederem, a gente vai ter requerimento de encerramento de discussão. Se for preciso, (o requerimento) vai a voto”, afirmou Cunha. O presidente lembrou que, durante a madrugada, muitos deputados inscritos não aparecem para discursar.

Temer. Cunha  disse acreditar que o vice-presidente Michel Temer decidiu voltar de São Paulo para Brasília para reagir a “ataques”, mas não especificou que tipo de ofensiva seria. Desde a noite de sexta-feira, o governo anuncia ter conseguido novos votos contra o impeachment, especialmente depois da ação de governadores aliados da presidente Dilma Rousseff que viajaram para Brasília para negociar com  parlamentares de seus Estados. Questionado sobre o retorno de Temer a Brasília, Cunha responde: “Não falei com ele, mas acho que houve ataques muito grandes e ele deve ter voltado para reagir”. O presidente da Câmara não quis comentar a guerra de números entre governistas e oposicionistas na previsão de votos a favor e contra a continuidade do processo de impeachment. “Não faço acompanhamento de votos”, respondeu.

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