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Campos ainda patina como nome do Nordeste

Candidato do PSB tenta se associar à região, mas não consegue romper domínio petista

Por Lucas de Abreu Maia
Atualização:

Quando a candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB) ganhou ares de irreversível, em outubro passado, o então governador de Pernambuco era visto como uma ameaça à hegemonia eleitoral petista no Nordeste. Até agora, porém, essa hipótese não se concretizou. À exceção de Pernambuco, Campos tem na região desempenho semelhante à média nacional, segundo pesquisas feitas em Estados nordestinos nas últimas semanas. O Estadão Dados reuniu consultas eleitorais feitas desde o início do ano, em âmbito estadual, que pesquisaram o voto para candidatos a presidente. Esse banco de dados revela que, nos oito Estados do Nordeste em que foram feitos levantamentos presidenciais (não foram encontradas pesquisas em Sergipe), as intenções de voto no candidato do PSB vão de 6%, no Ceará, a 13%, na Paraíba. Nos mesmos Estados, a presidente Dilma Rousseff (PT), que busca a reeleição, tem 44% e 55%, respectivamente. A candidata à reeleição chega a 63% no Piauí. Pernambuco é a exceção. Lá, Campos e Dilma estão tecnicamente empatados - ele tem 40% da preferência dos eleitores e ela, 39%. A presidente está isolada no primeiro lugar no resto do Nordeste. De acordo com a média das últimas pesquisas nacionais calculada pelo Estadão Dados, Campos tem hoje 10% das intenções de voto dos brasileiros. Como nos Estados nordestinos o apoio ao candidato varia entre 6% e 13%, fica claro que seu desempenho na região não é melhor que na média nacional. Isso por causa da margem de erro, que chega a 4 pontos porcentuais em alguns Estados.

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