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Cooperativa assume coleta seletiva em Três Rios

Para a gestão do município, os benefícios superam o investimento, tanto em termos de preservação ambiental quanto de transformação social dos envolvidos

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Por Samuel Lima
Atualização:

De um lixão na cidade de Três Rios (RJ), o catador Sidcley Esteves Pereira, de 46 anos, tirou o sustento por mais de 20 anos, procurando plástico, papelão e sucata para vender na informalidade. Provavelmente estaria na mesma situação até hoje, não fosse um projeto criado pela prefeitura em 2017. Pereira e outros catadores formaram uma cooperativa e passaram a fazer a coleta seletiva da cidade.

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“Tinha o problema de não ter coleta seletiva, tinha o problema das pessoas trabalhando em uma área totalmente insalubre e ainda tinha o lixão. A Coleta Seletiva Solidária foi uma solução que atendeu tudo isso”, afirmou a secretária do Meio Ambiente de Três Rios, Alice Hagge.

De segunda a sábado, nove catadores e o motorista do caminhão percorrem sete bairros da região central. Por mês, recolhem 35 toneladas de material reciclável, que gera até R$ 7 mil para os cooperados. O investimento total de prefeitura é de R$ 12.950 por mês. O valor contempla um salário mínimo para cada trabalhador e ajuda nos custos da cooperativa. Já o caminhão foi doado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Para a gestão do município, os benefícios superam o investimento, tanto em termos de preservação ambiental quanto de transformação social dos envolvidos. “Eu trabalhava a céu aberto, debaixo de chuva e do sol quente, correndo todo tipo de risco. Hoje estamos num galpão, com tudo direitinho”, disse Pereira.

A prefeitura pretende ampliar a coleta seletiva para 100% dos domicílios, com apoio do Instituto Recicleiros, de São Paulo. Em 2019, Três Rios foi selecionada pela ONG para implementar um plano de coleta seletiva inteligente. “Estamos falando em segregar 300 toneladas por mês e ter 60 catadores, absorvendo aqueles que atuam nas ruas”, afirmou Alice. 

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