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PMDB paulista vai dar apoio à presidente, apesar de Skaf

Resistência de candidato do partido ao governo a dar palanque a Dilma desagrada a prefeitos e líderes da legenda

Por Ricardo Brandt e Valmar Hupsel Filho
Atualização:
Na quarta-feira, Temer confirmou publicamente a presença de Skaf em evento de Dilma em Jales, interior de São Paulo Foto: André Dusek/Estadão

A resistência do candidato a governador de São Paulo pelo PMDB, Paulo Skaf, a abrir espaço em seu palanque para a presidente Dilma Rousseff (PT) desagradou a prefeitos e lideranças do partido no Estado. Com aval do presidente de honra do PMDB, Michel Temer - vice na chapa de Dilma à reeleição -, eles prometem embarcar na campanha da petista. Informados de que o material como adesivos e banners de Skaf seria produzido sem o nome da presidente, eles se dizem dispostos a produzir, por conta própria, peças de campanha eleitoral para a dobradinha. Um dos prefeitos ouvidos pelo

Estado

disse que esconder Dilma seria esconder Temer.

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O apoio do PMDB, que elegeu 89 prefeitos no Estado em 2012, é estratégico para Skaf - mas um dos coordenadores de sua campanha, o ex-governador Luiz Antônio Fleury, minimiza a reação. "Estamos preocupados com a nossa campanha. E o PT tem que se preocupar em fazer a do candidato deles, que é o (Alexandre) Padilha", disseele. "O Temer é nosso companheiro e tem todo nosso apoio" prosseguiu Fleury, "mas são campanhas diferentes. Aqui em São Paulo o PT é adversário. O Padilha não vai subir em nosso palanque, nem o Eduardo Campos (candidato do PSB) nem o Aécio (Neves, candidato do PSDB)."

Na quarta-feira, Temer confirmou publicamente a presença de Skaf em evento de Dilma em Jales (SP), n o fim de agosto.

Palanque duplo.

O candidato do PT, Alexandre Padilha, voltou a dizer ontem que não vê risco no palanque duplo em São Paulo: "A campanha presidencial tem que procurar todos os partidos". Nos próximos 15 dias, a presidente Dilma tem três eventos marcados em São Paulo: dia 28 com a CUT em Guarulhos, dia 7 com todas as centrais e no dia 9 em Osasco.

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Para Skaf, Dilma e o PT representam um risco, por sua alta rejeição no Estado e por enfraquecer o discurso de que seu nome é a novidade na disputa.

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