O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição pelo DEM, Gilberto Kassab, disse ser contra ampliar o horário dos rodízios de veículos para controlar o trânsito, mas afirmou que não tem preocupação em adotar medidas impopulares para beneficiar a cidade, mesmo em ano eleitoral. Durante sabatina ao Grupo Estado, ele citou a implementação do rodízio de caminhões e o projeto Cidade Limpa. O prefeito disse que sua prioridade é ser um bom prefeito e a reeleição seria a continuidade do que vem realizando na cidade. "Sou contra ampliar o horário do rodízio de veículos, prefiro outras medidas, como investir no Metrô, no Rodoanel e o rodízio de caminhões", afirmou. O prefeito disse também que é radicalmente contra o pedágio urbano porque ele não é justo socialmente. Kassab destacou que houve uma apresentação de uma série de projetos, pela área de meio ambiente de sua gestão, para melhorar a qualidade do ar da cidade de São Paulo e nesses projetos estava incluído o pedágio urbano. "Mas quando o projeto chegou ao meu gabinete eu retirei a proposta porque a cidade não é só meio ambiente e socialmente (o pedágio urbano) iria privilegiar os ricos." Kassab falou da importância de construção do Rodoanel para desafogar o trânsito nas marginais e citou que o rodízio de caminhões contribuiu para a fluidez do trânsito e para a redução de acidentes. Ele disse que se for reeleito o município irá privilegiar os investimentos nessas obras e destacou que é favorável à cobrança de pedágio no Rodoanel. "É socialmente justo", afirmou. Críticas Kassab disse também que, se pudesse voltar no tempo, "jamais ocuparia um cargo na administração" do ex-prefeito Celso Pitta, sobre sua passagem como secretário de Planejamento da Prefeitura. Durante a sabatina, o candidato voltou a centrar seus ataques na petista Marta Suplicy, adversária nesta campanha eleitoral. Nas críticas a Marta, Kassab destacou: "Ela não gosta de assumir a responsabilidade pelo que não fez." Além de acusar a adversária de não ter acabado com as escolas de lata, refutou as críticas feitas por Marta de que essas escolas foram criadas na gestão de Pitta, quando Kassab era secretário de Planejamento. "Não tem nada a ver", disse, ressaltando que na sua gestão e na de José Serra acabou esse tipo de escola. Ainda nas críticas, o prefeito disse que Marta não conseguiu se reeleger (perdeu o pleito para José Serra em 2004) porque "foi reprovada pelo eleitorado e não conseguiu fazer o que prometeu." Ao contrário do que vem afirmando a petista, com relação a eventuais apoios no segundo turno, Gilberto Kassab disse que "qualquer apoio é sempre bem-vindo". Questionado se Paulo Maluf (PP) poderia subir em seu palanque, ele voltou a afirmar que "quem quiser dar apoio ao seu plano de governo será bem-vindo".
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