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Em pesquisa, AL é região que pior avalia seus políticos

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Por JAMIL CHADE
Atualização:

O mundo atravessa uma crise de confiança no futuro e qualifica seus políticos como "desonestos". Esse é o resultado de uma pesquisa conduzida pela Gallup International e pelo Fórum Econômico Mundial com 61 mil pessoas em 60 países. Segundo o levantamento, 77% dos entrevistados na América Latina acreditam que os políticos são desonestos. A região é a que pior avaliou a classe política, revelando o desencanto por seus eleitos. As entrevistas, porém, não foram realizadas no Brasil. No mundo, 60% da população entrevistada classificou os políticos como desonestos. Em 2006, essa taxa era de apenas 43%. Além disso, 48% dos entrevistados relacionaram a classe política com a falta de ética e 41% apontaram para a falta de competência. A América Latina é quem mais desconfia de seus políticos. Mais de três quartos diz que a classe é desonesta. Nos Estados Unidos, essa taxa é de 71%, contra apenas 50% na Europa. Na Colômbia, 90% da população apontou a desonestidade como principal característica dos políticos. Na Venezuela, 79% dos entrevistados apontaram para a falta de honestidade. A taxa chega a 88% na Bolívia e 64% na Argentina. 59% da região ainda disse que os políticos não agem com ética e 54% apontou que não são competentes. Na América Latina, as entrevistas ocorreram na Argentina, Colômbia, Panamá, Paraguai, Venezuela e Equador. Não por acaso, perguntado em quem confiariam, os latino-americanos colocaram os políticos na última colocação. Estes obtiveram apoio de apenas 4%. O pior foi no Panamá, com 1%. No mundo, os políticos também são os menos confiáveis, com apenas 8%. Os professores lideram a lista, com 34% dos votos, contra 27% de lideres religiosos. Os jornalistas aparecem com 16%, acima de advogados. No Oriente Médio, porém, os mais respeitados são os líderes militares. A opinião pública ainda demonstrou uma confiança maior nos líderes empresariais que nos políticos. Mas, mesmo assim, alertaram para as alianças entre as lideranças políticas e empresariais. No entanto, 41% dos entrevistados na América Latina acharam que os empresários têm muito poder.

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