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'Em qualquer país democrático há previsão de afastamento do presidente em caso de crime', diz Aécio

Durante pronunciamento em plenário, senador fez várias críticas à política econômica de Dilma Rouseff

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Por e Luísa Martins
Atualização:
Senador Aécio Neves Foto: ANDRE DUSEK | ESTADÃO

BRASÍLIA - O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), afirmou há pouco, durante pronunciamento no plenário do Senado que não estava na tribuna para votar contra uma pessoa, ou partido político, "mas para cumprir com dever constitucional de analisar a admissibilidade de um processo contra a presidente da República".

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Aécio elogiou relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) pela admissibilidade do impeachment e afastamento de Dilma e afirmou que o parlamentar "foi Minas na sua grandeza e integridade em cada um dos passos que deu ao apresentar histórica peça jurídica e política e deu conforto necessário para tomar a decisão".

O senador, derrotado por Dilma nas eleições de 2014, avaliou que nos regimes presidencialistas os poderes e atribuições são claramente distintos, mas o chefe de estado delega e não transfere aos seus subordinados as decisões. Portanto, para Aécio, "as execuções orçamentárias são absolutamente intransferíveis", afirmou, numa referência às pedaladas fiscais que justificaram o pedido de impeachment.

Segundo Aécio, na Constituição de qualquer país democrático, há a possibilidade de afastamento do presidente da República em caso de crimes. "Estamos exercendo na plenitude as prerrogativas do Congresso, como fez com autonomia e grandeza a Câmara", afirmou o senador, antes de fazer várias críticas à política econômica de Dilma. "Foi a irresponsabilidade da presidente da República e do governo que está fazendo brasileiros voltarem à classe D e E", exemplificou.

Aécio avaliou ainda que as marcas dos governos populistas é que sempre agem com irresponsabilidade fiscal e quando fracassam usam o discurso do entre "nós e eles", disse. "Teremos um dia diferente amanhã, duro para enfrentarmos", concluiu.

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