Com a abertura do processo de impeachment autorizada na Câmara, a crise política terá novos capítulos no País. Com processo em andamento na justiça eleitoral, o vice-presidente Michel Temer pode enfrentar novo cenário de instabilidade, assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, réu da Operação Lava Jato. Especialistas que conversaram com a TV Estadão sobre a votação ocorrida na Câmara esclarecem que um eventual governo Temer terá que provar a capacidade de articulação política. Para o colunista José Roberto de Toledo, o deputado Eduardo Cunha cumpriu o papel que lhe foi designado e terá o desafio de manter o mandato como presidente da Câmara. Ele comentou a avaliação de dados que o Estado fez com o 'Placar do Impeachment: "projeções sem grandes surpresas".
A socióloga Fátima Pacheco Jordão disse que, além de ansiar por saúde, educação e segurança, a população brasileira agora está engajada no combate à corrupção. No País, há receio de que a luta contra a desvio de dinheiro seja interrompida.
José Álvaro Moisés, cientista político, apontou três desafios do governo Temer caso venha a assumir o Planalto. O peemedebista precisaria provar governabilidade, retomar crescimento econômico e superar descrença da população.
O colunista do Estado José Paulo Kupfer apontou para dúvidas após a saída de Dilma. Já para o colunista do Broadcast, Fabio Alves, mercado aceitaria CPMF.
Para Roberto Romano, professor de ética e filosofia da Unicamp, a Câmara não tem nível para representar a população brasileira. Ele acha que a sociedade tem mostrado mais maturidade que representantes em Brasília.