Focos de incêndios florestais estão espalhados em todo o Pantanal de Mato Grosso do Sul. A situação mais crítica é em Corumbá, divisa com a Bolívia, na região do Forte Coimbra, onde o fogo matou animais silvestres e pelo menos 200 cabeças de bovinos em várias fazendas. As labaredas chegaram a queimar parte da rede de energia elétrica ontem, mobilizando os operários da Empresa Energética de Mato Grosso do Sul durante todo o dia de hoje para colocar em funcionamento a área afetada. Na Serra da Bodoquena, os focos de incêndios estão de certa forma controlados, mas a cada instante surge um novo incêndio e, segundo o Corpo de Bombeiros, toda a área, inclusive o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, está completamente vulnerável, já que a maior parte da vegetação é formada de capim alto e seco. Mais de mil homens estão envolvidos na operação, que é dificultada pela seca e os ventos. Focos O total de focos de fogo detectados pelo satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em julho foi 6.950, quase 18% a menos do que as 8.438 queimadas de junho. Mas o impacto das queimadas foi maior justamente por ocorrer dentro de unidades de conservação e em regiões excepcionalmente secas, que não costumam queimar nesta época do ano. Foi o caso do sertão nordestino, onde foi registrado um foco de fogo dentro do Parque Nacional da Serra da Capivara, que abriga um museu a céu aberto de pinturas rupestres e escavações arqueológicas. As unidades de conservação vêm sendo monitoradas de perto por um novo serviço do Inpe, que envia alertas diários às autoridades ambientais.