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Funcionários da EBC protestam em frente a evento com ministro da Secom

Os manifestantes, cerca de uma dezena, carregam cartazes com cabides desenhados e se dizem contrários à proporção de cargos indicados politicamente na estatal de comunicação, hoje de 70%, segundo Priscila Kerche, jornalista e representante dos empregados da EBC

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Por Ricardo Galhardo e Ana Fernandes
Atualização:

Atualizado às 15h57 com novo posicionamento da EBC

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São Paulo - Funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) protestam com faixas e cartazes em frente a um centro de convenções na zona sul de São Paulo. O local recebe evento do Lide, Grupo de Líderes Empresariais, com o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, a quem a EBC está subordinada.

Os manifestantes, cerca de uma dezena, carregam cartazes com cabides desenhados e se dizem contrários à proporção de cargos indicados politicamente na estatal de comunicação - hoje de 50%, segundo Priscila Kerche, jornalista e representante dos empregados da EBC. "Queremos o fim dos privilégios, a EBC não pode ser cabide de empregos", afirmou.

Em nota ao Estado, a estatal afirmou que 93,45% de seus 2.607 funcionários têm vínculo efetivo com a administração, e 170 não são concursados. Em relação aos cargos comissionados, que a EBC não informou quantos são, pelo menos 60% são ocupados por servidores de carreira, segundo a estatal - ou seja, até 40% dos cargos de confiança são preenchidos por indicados de fora dos quadros do governo.

Priscila defende que 30% sejam destinados a indicações políticas. Há um cartaz pendurado com nome de pessoas da EBC que, segundo os manifestantes, foram indicados por interesse político. Entre eles está a mulher do secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, Tássia Alves, que é assessora e tem salário de R$ 12.500 segundo os manifestantes. Também são citados Regina Silvério, secretária executiva, com salário de R$ 22.965; Katia Vaz, diretora, com salário de R$ 25.136; e Manoel Araújo, superintendente, com salário de R$22.965.

Padilha, presente ao evento, disse a jornalistas que considera a manifestação em relação a sua esposa injusta e machista. "Minha mulher já demonstrou competência e não pode ser impedida de trabalhar por estar casada comigo. Não participei em nada de qualquer processo de indicação dela", afirmou o secretário.

Os funcionários da EBC estão em greve desde o último dia 10. Na campanha salarial, a empresa ofereceu 3,5%, considerado baixo pelos funcionários ante uma inflação de quase 10% no ano. Eles pedem reajuste de inflação mais R$ 450 de forma linear para todos os cargos.

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