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Furnas: desconfiança justifica troca em fundo de pensão

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Por AE
Atualização:

Em nota de esclarecimento publicada hoje na imprensa, sob a forma de informe publicitário, Furnas afirma que a proposta de troca dos atuais diretores da Fundação Real Grandeza, administradora do fundo de pensão dos aposentados da estatal, leva em conta o cenário de "dificuldades e de desconfiança no relacionamento com a Fundação" e visa "à preservação dos interesses das empresas e dos beneficiários" do fundo. "Furnas solicitou, como patrocinadora, informações sobre o desempenho das aplicações financeiras da Fundação. No entanto, até o momento, passados dois meses do encerramento do exercício de 2008, a empresa não recebeu dados que comprovem os bons resultados da gestão da atual diretoria, que vêm sendo divulgados insistentemente pela entidade", diz a nota. Furnas aponta ainda que é "fundamental" reconhecer que a saúde do fundo não é responsabilidade de pessoas específicas, mas sim "da total transparência de um processo deliberativo que obedeça aos princípios da equidade e da responsabilidade com a prestação de contas". Segundo a companhia, não existe interferência política "de qualquer natureza". Na nota, Furnas reitera que, na condição de patrocinadora da fundação, junto com a Eletronuclear, tem a prerrogativa de nomear os integrantes do conselho deliberativo da entidade, ao qual cabe a nomeação do diretor-presidente e do diretor de Investimentos do fundo de pensão, cujas admissões podem ocorrer a qualquer momento. "A atual diretoria-executiva da Fundação Real Grandeza, indicada em 2005 e comandada pelo ex-chefe de gabinete do presidente de Furnas da época, promoveu alteração no estatuto da entidade para prorrogar o seu mandato de três anos em um ano e dois meses, em caráter excepcional, com direito a recondução para mais um mandato de quatro anos. Essa mudança foi realizada de forma conturbada (...) o que levou a empresa a questionar tal processo junto à Secretaria de Previdência Complementar (SPC)", afirma Furnas.

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