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Gastos da monarquia e baile da Ilha Fiscal são criticados na imprensa

Projeto EstadãoRepública130: personagens históricos narram em tuítes os 30 dias que antecederam a Proclamação da República, em 1889

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Por Redação
Atualização:

Este texto faz parte do projeto EstadãoRepública130

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O baile da Ilha Fiscal e os gastos feitos pela monarquia provoca a reação da imprensa republicana, que se dedica a publicar os detalhes escandalosos da festa e o desperdício de recursos do tesouro para homenagear os oficiais chilenos do encouraçado Cochrane.

Ao mesmo tempo, os republicanos fazem os ajustes finais na conspiração que levará à mudança do regime. Francisco Glicério sairá de São Paulo e irá ao Rio para se juntar a Quintino Bocaiúva, Benjamin Constant e ao marechal Deodoro da Fonseca. Em reunião no Clube Militar, Constant reunirá mais de uma centena de oficiais. 

Esses são alguns dos episódios do últimos momentos da Monarquia tratados pelos perfis do projeto EstadãoRepública130, que usa tuítes de personagens históricos para contar os 30 dias que antecederam a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889 (as publicações também podem ser acompanhadas pela hashtag #ER130.

Os jornais republicanos continuam a cobrar do governo do Visconde de Ouro Preto explicações pelo acordo com o Banco Nacional do Brasil, que garantia ao banco privado o monopólio da emissão de títulos da dívida pública. Os republicanos de origem liberal eram particularmente contrários ao acordo.

As críticas ao gabinete de Ouro Preto ganharam ainda o apoio de José do Patrocínio, que se aproxima dos republicanos. A Cidade do Rio, jornal dirigido pelo abolicionista censura a Igreja em razão da decisão de proibir o rito católico nas homenagens fúnebres ao senador Vieira da Silva, que era grão-mestre da maçonaria. A publicação chama o bispo Pedro Maria de Lacerda de energúmeno.

Por fim, o jornal republicano Diário de Notícias, dirigido por Rui Barbosa, cita publicação francesa para dizer que a Monarquia no Brasil era “planta exótica transplantada para solo brasileiro, que não é propício a esse tipo de vegetação e não lhe permite durar”. 

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