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Governo Lula lança plano para fiscalizar Bolsa Família e cadastro único de beneficiados

Estratégia foca na prevenção de fraudes e melhoria da qualidade das informaçõe dos programas sociais

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Por Julia Camim

O governo aprovou um novo plano de fiscalização do Programa Bolsa Família e o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). A medida do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira, 18, prevê oito ações e a criação de dois grupos técnicos com o objetivo de aprimorar os programas e evitar fraudes.

De acordo com o documento, a implementação das medidas é “um instrumento de planejamento e aprimoramento contínuo”. Foto: Rafael Zart/ASCOM/MDSA

O plano deve ser implementado ainda neste ano, mas, segundo o documento, funcionará de forma contínua. As medidas previstas pelo plano buscam:

  • Desenvolver um plano de comunicação da rede de fiscalização;
  • Implantar uma unidade de pesquisa, estratégia e gestão de risco;
  • Elaborar uma proposta que melhore a base de dados;
  • Avaliar os termos de adesão aos programas sociais;
  • Criar um cronograma de auditorias;
  • Analisar e comunicar os casos de irregularidade aos órgãos de controle;
  • Criar um fluxo de denúncias;
  • Estabelecer comunicação externa com instâncias governamentais, órgãos de fiscalização e iniciativas de controle social.

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O projeto é resultado da Lei 14.601/2023 que criou, em junho de 2023, a Rede Federal de Fiscalização do Programa Bolsa Família e do CadÚnico, composta por membros do MDS, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, da Secretaria-Geral da Presidência da República, da Controladoria-Geral da União e da Advocacia-Geral da União.

Como consequência também da MP 1.164, assinada em março de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se deu a revisão dos critérios de concessão do Bolsa Família. A análise do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as transferências de recursos federais realizadas na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou que existiam “divergências de renda e de composição familiar, além de falta de atualização e inconsistência de dados”.

Já o CadÚnico passou por reformulação após uma ação movida, em 2020, pela Defensoria Pública da União que criticava a desestruturação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e distorções em cadastros.

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