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Greve dos médicos do Rio é legítima, diz ministro

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Saúde, Humberto Costa, admitiu hoje que a greve de 24 horas que está sendo realizada pelos médicos do Rio de Janeiro é um movimento justo, mas disse que o governo federal não tem interferência entre os prestadores de serviço médico e as operadoras de saúde. "É uma demanda justa, é verdade que os prestadores estão há muito tempo sem receber o aumentos repassado aos planos de saúde", disse Costa. O ministro disse que esse outros assuntos serão discutidos em um fórum nacional de saúde que será realizado em breve, mas não informou a data. Humberto Costa participa, no momento, da abertura da Hospitalar 2003 - 10ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Clínicas e Consultórios, no Expo Center Norte. Também participam da abertura da feira, que vai até o dia 13, o vice- governador Cláudio Lembo e o secretário da Saúde de São Paulo, Luiz Barradas. Recursos Humberto Costa disse hoje também que o governo federal precisa ter mais eficiência no acompanhamento dos repasses de recursos, e da forma como essa verba é aplicada. "O governo gasta pouco e mal", disse Costa, em palestra a alunos da UNI-FMU. Depois, explicou que estava se referindo à necessidade de uma administração mais racional dos repasses aos municípios e entidades. "É preciso adotar uma atitude administrativa que faça com que nós compremos melhor, gastemos melhor e, principalmente, fiscalizemos a aplicação dos recursos", disse Costa, lembrando que o Ministério trabalha basicamente com transferências de recursos. "Nem sempre temos a garantia de que esses recursos estão chegando na ponta, por isso é preciso melhorar a qualidade do controle que temos sobre os gastos." Segundo o ministro, o orçamento de 2003 da Saúde era de R$ 30,5 bilhões, reduzido a R$ 23,5 bilhões desde o contingenciamento aplicado no início do ano. Desse total disponível, explicou, 74% são repassados a estados e municípios, 20% é destinado a gasto com pessoal e 6% ficam para projetos prioritários e pagamento de dívidas. Costa disse também que "herdou" da gestão FHC uma dívida de R$ 3 bilhões da qual já pagou R$ 592 milhões.

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