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Ipec em São Paulo: Haddad lidera com 34%; Tarcísio tem 24%, e Rodrigo Garcia, 19%

Pesquisa para o governo aponta que diferença entre ex-ministro da Infraestrutura e governador é de cinco pontos porcentuais, fora da margem de erro

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Por Levy Teles
Atualização:

O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) se descolou do governador Rodrigo Garcia (PSDB) na disputa pela segunda colocação entre os concorrentes ao governo de São Paulo, segundo nova rodada da pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta terça-feira, 27, a cinco dias da eleição. O ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) se mantém na liderança com 34% das intenções de voto, seguido de Tarcísio, com 24%, e Garcia, com 19%. O levantamento foi contratado pela TV Globo.

No levantamento anterior do mesmo instituto, divulgado no dia 21 de setembro, Tarcísio e Garcia estavam empatados tecnicamente. Em uma semana, o ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL) oscilou dois pontos para cima (de 22% para 24%) e o governador, um (de 18% para 19%). A diferença entre eles agora é de cinco pontos porcentuais, maior que a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. Haddad, candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), manteve os 34%.

Tarcísio amplia vantagem ante Garcia e aparece na segunda posição na preferência entre os eleitores paulistas; os dois não estão mais tecnicamente empatados Foto: Adriano Machado/Reuters

Os demais candidatos, Vinicius Poit (Novo), Gabriel Colombo (PCB), Antonio Jorge (DC), Elvis Cezar (PDT), Carol Vigliar (UP), Altino Júnior e Edson Dorta (PCO), têm 1%. De acordo com o levantamento, 7% dos entrevistados afirmaram não ter interesse em votar em nenhum nome apresentado pelo instituto, e 9% não responderam.

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Segundo o levantamento, Haddad oscilou um ponto para cima entre os eleitores da Região Metropolitana (38%) e do interior (32%), e cresceu entre entrevistados com ensino superior (de 34% para 38%), mas diminuiu três pontos entre os que estudaram até o Ensino Médio (eram 33% e agora são 30%), na comparação com a semana passada.

No mesmo período, Tarcísio ganhou cinco pontos entre eleitores com renda familiar de até 1 salário mínimo (de 12% para 17%), e três pontos entre os que têm rendimento familiar de mais de 1 até 2 salários mínimos (de 17% para 20%), e entre evangélicos (de 29% para 32%). O candidato do Republicanos também oscilou positivamente, dentro da margem, entre homens (de 27% para 29%), mulheres (de 18% para 20%), e entre eleitores católicos (de 21% para 22%).

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado na hora da entrevista, Haddad aparece com 20%, Tarcísio com 15% e Garcia aparece em seguida com 9% – 8% disseram votar em branco ou nulo. Os demais candidatos não pontuaram. Sem uma lista de candidatos, 46% dos entrevistados disseram não saber em quem votar para governador de São Paulo.

Segundo turno

O Ipec pesquisou hipotéticos cenários da disputa em segundo turno. Em uma eventual disputa direta entre Haddad e Tarcísio, o candidato do PT tem 44% das intenções de voto, ante 37% do ex-ministro. Se a disputa for entre Haddad e Garcia, há um cenário de empate técnico.

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O petista tem 41% e o tucano, 38%. Em uma simulação de cenário sem Haddad, o governador tem 36% ante 35% do ex-ministro. Segundo o levantamento, 58% dos entrevistados não pretendem mudar mais o voto para o Executivo estadual. Outros 42% disseram que ainda podem alterar a escolha até o dia da votação.

Avaliação

A gestão de Rodrigo Garcia, que assumiu o governo em abril deste ano após renúncia de João Doria (PSDB), é avaliada como ótima ou boa por 27% dos entrevistados. O porcentual se mantém na comparação com a pesquisa anterior. Outros 39% dizem que o tucano faz um governo regular, oscilação positiva de um ponto, e 20% dizem que ele faz uma administração péssima, oscilação de um ponto para baixo. Não souberam responder 14%; anteriormente, eram 13%.

A pesquisa Ipec foi realizada entre os dias 24 e 26 de setembro e entrevistou 2 mil eleitores presencialmente, em 84 municípios paulistas. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-04944/2022.

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