PUBLICIDADE

Gilmar Mendes mantém punição a líder do Comando Vermelho por agressão a detento em presídio

Defesa de Marcinho VP, uma das principais lideranças da organização criminosa, disse que ele teve direito de defesa cerceado e pediu anulação da decisão

PUBLICIDADE

Foto do author Pedro Augusto Figueiredo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, rejeitou pedido da defesa de Márcio Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP e apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV), para anular uma punição aplicada a ele por ter participado do espancamento de outro preso na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR) em setembro de 2018.

PUBLICIDADE

A vítima foi socorrida desacordada. Marcinho e os outros agressores foram alvo de processo administrativo que resultou na perda de um terço dos dias que poderiam usar para reduzir suas penas.

Os advogados do líder do CV recorreram da decisão em todas as instâncias, argumentando que ele teve o direito de defesa cerceado pois não foi ouvido pela Justiça antes da punição ser homologada. Além disso, pediram a nulidade da decisão porque a vítima não processou os agressores.

Gilmar Mendes acompanhou PGR e manteve punição ao líder do CV  Foto: Gustavo Moreno/STF

Gilmar Mendes, porém, afirmou que a punição foi fundamentada e negou o pedido. “Registrou-se que foram garantidos contraditório e ampla defesa, razão por que não se sustenta a alegação de cerceamento de defesa”, escreveu o ministro. “A penalidade foi aplicada e homologada a partir de provas idôneas constantes dos autos, respeitadas as garantias do paciente (Marcinho)”.

O ministro do STF concordou com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e entendeu que Marcinho não precisava ser ouvido antes da homologação judicial porque já havia prestado depoimento durante o processo administrativo. O depoimento foi acompanhado pela Defensoria Pública da União (DPU).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.