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Lula anuncia preparação de medidas na área trabalhista

As medidas atendem a reivindicações do movimento sindical e incluem a criação do Conselho Nacional de Relações do Trabalho, informou o presidente

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira, em sua entrevista semanal no programa Café com o Presidente, da Radiobrás, que o governo prepara algumas medidas na área trabalhista, em atendimento a reivindicações do movimento sindical, entre as quais a criação do Conselho Nacional de Relações do Trabalho. "A idéia é criar um canal permanente de negociação, de diálogo, entre o governo, empresários e trabalhadores. Nós já temos países que fazem isso e os dirigentes sindicais chegaram a um consenso, portanto nós vamos criar o conselho de relações do trabalho", enfatizou Lula. O reconhecimento formal das centrais sindicais, o encaminhamento ao Congresso da proposta para ratificação da Convenção 151 da Organização Mundial do Trabalho (OIT) e regulamentação das cooperativas de trabalho são outras medidas preparadas pelo governo, segundo Lula. Ele disse que a ratificação da Convenção 151, " vai permitir a implantação da negociação coletiva no setor público, vai regulamentar o direito de greve". Lula, que destacou o novo mínimo de R$ 350,00, em vigor desde o mês passado, e a correção da tabela do Imposto de Renda por dois anos seguidos, como iniciativas que incrementam a renda dos assalariados, referiu-se ao período de 1975 a 1980, quando foi dirigente sindical no ABC e comentou as dificuldades que os trabalhadores tiveram naquela época para conseguir apenas a reposição da inflação. "Nesses dois últimos anos, os sindicatos que fizeram convenção coletiva do trabalho tiveram ganho real de salário maior do que a inflação, ou seja, tendo aumento maior do que a reposição da inflação", comparou. Depois de sustentar que "tivemos um crescimento do emprego constante há 39 meses, a massa salarial está crescendo, a economia está indo bem, as exportações continuam crescendo", Lula concluiu que hoje há mais motivos para a comemoração do Dia do Trabalhador. "Acho que vai ser um 1º de Maio melhor do que aquele que eu participava aonde nós só íamos na praça para reclamar os prejuízos que tínhamos tido. Desta vez nós vamos poder comemorar algumas vitórias", concluiu.

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