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Médicos de Guarulhos aderem ao boicote

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Por Agencia Estado
Atualização:

Depois dos médicos de São Paulo e da região do ABC começarem um boicote aos planos de saúde, hoje será a vez dos profissionais que atendem em Guarulhos aderirem ao movimento, que já atinge 17 Estados e o Distrito Federal. Os aproximadamente 1,9 mil médicos da cidade atenderão pelo sistema de reembolso. O paciente será obrigado a pagar R$ 42 por consulta. Com o recibo, terá de solicitar a devolução ao plano de saúde. Tire suas dúvidas sobre os planos de saúde Para Procon, usuário é o prejudicado A Fundação Procon de São Paulo se posicionou contrária à maneira escolhida pelas entidades de representação dos médicos para protestar contra sete operadoras especializadas em seguro saúde. "Eles estão passando o ônus para os pacientes", afirmou Renata Molina, supervisora da área de saúde do Procon. De acordo com ela, entretanto, a entidade entende a indignação dos médicos. Os profissionais que atendem o grupo de operadoras alvo do boicote lutam pela adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos CBHPM, o que aumentaria os honorários dos profissionais. A categoria usa o exemplo da consulta básica. Hoje, os médicos recebem em média R$ 25. Se aplicada a Classificação, eles passariam a receber R$ 42. Esse valor será cobrado durante a manifestação. O Procon ainda não percebeu um número acentuado de reclamações por causa do boicote, entretanto, a entidade enxerga com preocupação a divergência entre médicos e operadoras especializadas. Percebemos que as partes envolvidas não estão buscando entendimento", disse. Posição menos radical O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) demonstra publicamente posição menos radical em relação aos médicos. "Somos sensíveis com as reivindicações, mas elas acontecem em um momento delicado, em que os consumidores estão enfrentando muitos problemas", comentou Andrea Salazar, gerente jurídica do Instituto. De acordo com Andrea, o Idec estará acompanhando o procedimento adotado pelas empresas durante o boicote dos médicos, ainda sem data para terminar. "Queremos saber se as operadoras estão realizando o reembolso. Se não estiverem, queremos receber as denúncias", comentou a gerente.

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