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Moro minimiza declarações de Witzel sobre 'abater' quem portar fuzil

'Não parece que a proposta seja essa', disse o futuro ministro da Justiça ao lado do governador eleito do Rio de Janeiro

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan e Vinicius Neder
Atualização:

RIO - O futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou nesta sexta, 23, que "não parece" que a proposta do governador eleito do Rio, Wilson Witzel, seja matar suspeitos de crimes da forma como Witzel prometeu em campanha, quando defendeu a morte de pessoas que portem fuzis pelas forças policiais.

Moro chegou para um evento no Rio, ao lado de Witzel. Questionado por um jornalista sobre sua opinião sobre a proposta de se criar uma "lei do abate", permitindo aos policiais matarem suspeitos, Moro respondeu, após sorrir para Witzel que "não parece que a proposta seja essa, mas nem existe lei com esse nome".

Futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao lado do governador eleito do Rio, Wilson Witzel Foto: Wilton Junior/Estadão

Depois de eleito, Witzel reafirmou as promessas feitas durante a campanha em entrevista ao Estado. "Se for um ato em confronto, em que o policial está acobertado por uma excludente de ilicitude, não é homicídio, é morte em combate", disse Witzel, eximindo-se de eventual responsabilidade caso um desses atiradores seja processado por homicídio. "Não vai cair no meu colo nada. Vai cair no colo do Estado. O Estado tem de entender que tipo de segurança pública quer."

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