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Não haverá Plano Lula, garante Lula

Para ler mais sobre o discurso do presidente hoje na General Motors: "Há muitos anos não vivemos um momento de otimismo como agora" Não há crise no governo, diz Lula

Por Agencia Estado
Atualização:

include "$DOCUMENT_ROOT/ext/politica/tickersobataque.inc"; ?>O governo federal não vai editar nenhum novo plano econômico, assegurou hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso em evento na General Motors, em São Caetano do Sul. "Eu não tenho por que fazer a loucura que já foi feita neste País de inventar um plano econômico Lula. Já tivemos Plano Verão, Plano Collor, Plano Bresser, plano não sei das quantas, e eu não estou disposto a levar o Brasil para uma aventura que nós já sabemos o resultado", afirmou. O presidente enfatizou ainda que prefere manter um plano "que é o único que pode fazer a economia brasileira dar certo, um plano da certeza, da credibilidade, um plano de não ter por que não conversar com todos os segmentos da sociedade e fazer os ajustes que têm que ser feitos". As dívidas deixadas pelo governo anterior Lula comentou ainda ter recebido do governo anterior dívidas da ordem de R$ 40 bilhões com o FGTS; R$ 4 bilhões da anistia (referente a indenizações em decorrência de fatos ocorridos durante a ditadura); e R$ 12,4 bilhões referentes a não correção de aposentadorias pela Unidades Real de Valores (URV) em 1993. "Esse dinheiro não estava no Orçamento e vamos ter que pagar. E nós não queremos deixar esqueletos no armário para os nossos sucessores. Afinal de contas, não fomos eleitos para governar este País por quatro anos. O nosso mandato é de quatro anos, mas fomos eleitos para criar as bases sólidas para que este País possa definitivamente se transformar numa grande economia e entrar no rol dos países desenvolvidos". O presidente reforçou esta análise ao destacar que pretende inserir o Brasil no conjunto de países com política econômica objetiva e sem sobressaltos e, desta forma, fazer com que "tanto o tal o de mercado, como a sociedade brasileira percebam que nós não temos muitas escolhas, não". "A escolha nossa é seriedade, é a certeza dos objetivos que queremos atingir e é a certeza de que a nossa economia precisa voltar a crescer com muita urgência e que possa dar respostas à sociedade brasileira. Emprego não acontece com passe de mágica e sim com investimentos", apontou. ?Sou homem de fazer as coisas acontecerem? O presidente utilizou dados do setor de saneamento para mostrar os investimentos que vêm sendo feitos na sua gestão. "Em 2002, em saneamento básico, de R$ 262 milhões contratados, apenas R$ 19 milhões foram liberados. No ano passado, no primeiro ano de governo, liberamos R$ 1,7 bilhão para saneamento e este ano vamos liberar R$ 3 bilhões, com o acordo que foi feito com o Fundo Monetário Internacional (FMI)", disse. Lula afirmou também não ser "homem de ficar chorando as coisas que não aconteceram?. ?Quero fazer as coisas acontecerem", disse, acrescentando que seu governo vai superar todos os entraves para garantir a execução de obras com qualidade ambiental para o País deixar de ser "o paraíso das obras paralisadas como foi durante muito tempo". "Estou hoje muito mais certo, mais confiante, acreditando muito mais no nosso potencial do que acreditava há alguns meses", afirmou. "Vamos fazer cada coisa que precisa ser feita no Brasil, com o cuidado que precisamos ter, para que o Brasil não tenha nenhum retrocesso", disse.

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