PUBLICIDADE

Nelsinho Trad aguarda PSB para saber como ficará aliança

PUBLICIDADE

Por ANA FERNANDES
Atualização:

O candidato ao governo do Mato Grosso do Sul pelo PMDB, Nelsinho Trad, disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, estar esperando um contato do PSB nacional para saber como ficará a aliança construída no Estado. Trad fechou a aliança com Eduardo Campos, inclusive tendo como vice em sua chapa a pastora Janete Morais do PSB, mas a costura não teve apoio da Rede Sustentabilidade e de Marina Silva, então vice de Campos."Estou esperando o contato dessa nova chapa (com Marina como candidata) para poder ver como vamos fazer o encaminhamento do nosso Estado", afirmou Trad. "Desde que se mantenha o programa que Eduardo construiu conosco, que se cumpram os compromissos, penso que não vai ter problema", disse Trad sobre a possibilidade de se aliar a Marina. "Eu não tenho nenhuma rejeição a esse ou àquele." Marina tradicionalmente se coloca em favor dos direitos dos indígenas nas disputas com produtores rurais e sua imagem enfrenta resistência em Estados com forte presença do agronegócio, como é o caso do Mato Grosso do Sul. Apesar de ter se colocado à disposição para estar no palanque com Marina, Trad fez questão de ressaltar pontos que considera fundamentais de serem mantidos. Além das promessas nacionais, em torno de maior orçamento para saúde, educação em tempo integral e rigor no combate à inflação, o candidato mencionou propostas para o Mato Grosso do Sul que tratou diretamente com Campos."Os conflitos que temos tido aqui entre produtores e indígenas, Eduardo se incomodava muito com isso, dizia que o governo da (presidente) Dilma (Rousseff) foi frouxo e que iria intermediar essa questão. Tem também as fronteiras secas que temos no Estado com Bolívia e Paraguai, que ele prometeu investir em tecnologia para essas fronteiras. Essas coisas com as quais ele se comprometeu olhando no meu olho que eu queria uma reafirmação deles (do PSB)."Trad minimizou a questão de Marina não ter apoiado a aliança dele com Campos. "No final ela ficou ciente (da aliança) e concordou", disse. "Desde que ela assuma as propostas e compromissos de Eduardo, essa resistência ficará distante", disse sobre a imagem que o agronegócio faz da candidata. O peemedebista citou também Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara que vai compor a chapa com Marina, e pode ajudar nessa interlocução. O parlamentar gaúcho tem relação antiga com agronegócio. Empresas do setor figuraram entre seus principais doadores nas últimas disputas e, no primeiro governo Lula, o deputado articulou a medida provisória que liberou o plantio de soja transgênica.Trad listou também fatores que podem contribuir para uma aproximação sua com Marina. "Uma particularidade é que minha vice é pastora e tem essa proximidade do segmento evangélico", afirmou, em referência ao fato de Marina ser também evangélica. Trad citou ainda medidas "ambientais" adotadas por seu governo à frente da prefeitura de Campo Grande. Disse que passou a coleta e tratamento de esgoto de 23% para 70% das residências da cidade, que construiu quatro parques lineares e 90 quilômetros de ciclovia. "Minha ação como prefeito da capital sempre foi de respeito ao meio ambiente", afirmou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.