Na terça-feira 19 de maio, quando foi batido o recorde trágico de 1.179 mortes por covid-19 no Brasil, os dois mais prováveis favoritos à eleição para presidente de 2022 - Jair Bolsonaro e Lula - desrespeitaram de forma vil os brasileiros que perderam a guerra contra o terrível microrganismo. Em live no blog de Magno Martins, o presidente da República disse que a direita toma cloroquina e a esquerda, tubaína, para sobreviverem à pandemia. Na mesma ocasião, o ex-presidiário petista disse que "ainda bem" a doença está mostrando que erra quem prega o Estado mínimo, como ele sempre afirmou em suas campanhas. No dia seguinte, o primeiro fingiu lamentar os óbitos e seu primeiro inimigo reconheceu que a frase desumana foi apenas "infeliz". Enquanto o chefe do governo impunha protocolo da cloroquina, seu ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, vendia outra mezinha, o vermífugo Anitta. Convém ter cuidado na manipulação desta droga no Planalto. Pois o remédio pode ser, como o outro, ineficaz contra a pandemia, mas mata vermes. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.