O decote da presidente

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Por Estadão
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 Foto: Estadão

O tema inexorável - para ecoar a grandiloqüência do nosso líder em giro latino - das eleições americanas é a guerra do Iraque. Democratas se apressam em dizer que querem acabar com a guerra, republicanos martelam que não vão sair correndo de forma covarde. Mas, dito isso, não sobra muita coisa para discutir nessa precoce campanha eleitoral. Um pouco de previdência aqui, plano de saúde ali, combate à pobreza, acordos comerciais, duas colheres de casamento gay e uma pitada de direito ao aborto.

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De resto, o pessoal gosta mesmo é de papo de comadre. Depois do episódio John Edwards e seu corte de cabelo de US$ 400, páginas e páginas de jornais foram dedicadas ao decote de Hillary Clinton. Que nem bem era um decote, diga-se de passagem. Um ínfimo esboço de décolletage em pleno C-Span (a TV Senado daqui) assumiu as mesmas proporções do fatídico seio fujão de Janet Jackson, naquela final do Super Bowl.

A discussão cosmética não parou por aí. Mitt Romney - aquele que prometeu dobrar Guantánamo - gastou US$ 300 em consultoria de maquiagem. Haja filosofia do pancake.

Abandonado de vez o visual comb-over (aquele que você puxa os fiozinhos de um lado da cabeça para cobrir a careca), Rudolf Giuliani foi deixado em paz, pelo menos no quesito estético.

Mas sua mulher, ai, ai. Diz a revista Vanity Fair que a terceira mrs Giuliani, Judith, exige um assento separado no avião de campanha para acomodar sua bolsa Louis Vuitton.

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Ê falta de assunto. Enquanto isso, dá-lhe insurgência iraquiana.

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