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PM e DF montam 'Operação Esplanada' para manifestações do impeachment

Plano de segurança será executado na Esplanada dos Ministérios durante os três dias de votação do impedimento da presidente

Foto do author André Borges
Por André Borges
Atualização:

Brasília - A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e a Polícia Militar organizaram um plano de segurança específico para atuação na Esplanada dos Ministérios durante os três dias de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. A chamada "Operação Esplanada", que reúne agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Detran e Corpo de Bombeiros, ocorrerá durante os dias 15, 16 e 17 de abril.

Nessas datas, as áreas do entorno do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, bem como de toda a Praça dos Três Poderes, ficarão restritas para acesso. Não haverá circulação de manifestantes nesses espaços que, tradicionalmente, foram ocupados pelas pessoas nas manifestações anteriores. 

Os atos contra o impeachment de Dilma Rousseffem Brasília Foto: Andre Dusek/Estadão

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A operação formará uma área exclusiva ao longo da região central de toda a esplanada. O grupo a favor do impeachment será concentrado do lado direito da Esplanada. A população contra o impeachment ficará do lado esquerdo. Haverá alambrados para separar os manifestantes. A barreira vai impedir que os grupos se vejam durante os atos.

Todo acesso será monitorado pela Polícia Militar. Cada manifestante que seguir para a Esplanada será abordado por um policial para ter acesso à área. 

Foram autorizadas as entradas de apenas dois carros de som para cada grupo de manifestantes. Esses carros não poderão incitar os manifestantes com palavras de ordem. A polícia definiu que só serão permitidas informações para orientar a população.

O estacionamento dos manifestantes favoráveis ao impeachment será no Parque da Cidade, também do lado direito de quem segue para a Esplanada. Os manifestantes contrários à saída da presidente deverão estacionar do lado esquerdo, no entorno do estádio Mané Garrincha.

Estão proibidas as entradas de garrafas e objetos de vidro, fogos de artifício, suportes de bandeiras, máscaras e megafones. Quem chegar ao local com algum desses objetivos, terá o item recolhido pela polícia. Os bonecos infláveis, de qualquer tamanho, também foram proibidos. O objetivo, segundo a polícia, é evitar provocações entre os manifestantes.

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Milhares de manifestantes fizeramato pedindo a saída de Dilma Rousseff em frente ao Palácio do Planalto Foto: Dida Sampaio/Estadão

O bloqueio de parte das vias terá início à meia-noite do dia 14, quinta-feira. "Todo o trabalho é para que as pessoas possam se manifestar livremente sem por em risco a segurança própria e de outros", disse secretária de Estado da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar. "Estamos tranquilos, preparados e integrados.

Quatro mil policiais. O efetivo policial organizado para fazer a segurança das manifestações no próximo fim de semana, quando deverá ser votado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, deverá chegar a cerca de 4 mil agentes. 

A Polícia Militar prevê que 3 mil homens atuem diariamente na "Operação Esplanada" entre os dias 15 e 17 de abril. A Polícia Civil deverá deslocar 700 agentes por dia para a região. O Corpo de Bombeiros escalou cerca de 500 agentes, enquanto o Detran dará apoio com mais 50 servidores.

Cada uma das instituições estará em alerta para ampliar seus contingentes, se necessário. A PM conta com um efetivo de 13,8 mil agentes no Distrito Federal. A Polícia Civil, com 4,7 mil servidores.

A montagem de alambrados ao longo da Esplanada já começou e os agentes policiais começaram a monitorar toda a região central de Brasília.