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Sócio da Engevix apresenta atestado e não depõe na CPI dos Fundos de Pensão

Executivo apresentou comprovante de óbito de sua irmã para justificar ausência no colegiado

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Por Julia Lindner
Atualização:

Brasília - José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobrás, não participou da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, 16, como estava previsto.

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Ele apresentou o atestado de óbito da irmã como justificativa. Na segunda, o ministro Teori Zavascki, do STF, havia deferido liminar em Habeas Corpus impetrado pela defesa de Sobrinho. Além do HC, os advogados enviaram à CPI, na última quinta-feira, 11, uma petição alegando que em razão de o empreiteiro estar em regime de prisão domiciliar, estaria impossibilitado de prestar depoimento.

Sobrinho foi preso no final de 2015, na Operação "Ninguém Durma", 19ª fase da Lava Jato. O executivo cumpre regime domiciliar desde dezembro, após decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro na mesma ação em que é réu o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Mais cedo, a CPI dos Fundos de Pensão tomou o depoimento de Adolpho Neto, presidente do Trendbank. O banco administrava fundos de investimento e em 2012, um ano antes de ser fechado, recebeu um aporte de R$ 73 milhões dos fundos de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras, e da Postalis, dos funcionários dos Correios.

A CPI dos Fundos de Pensão investiga se houve interferência política em investimentos dos fundos. Além da Funcef, Petros e Postalis, são investigadas também as operações da Previ e do Banco do Brasil. No ano passado, esses fundos tiveram um prejuízo de R$ 30 bilhões.