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'Todos nós que podemos cair temos que ser solidários', afirma Dilma em NY

Presidente ironiza jornalistas ao sair de reunião com o presidente do Irã nos EUA

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Tania Monteiro , Altamiro Silva Junior (Broadcast) e correspondente
Atualização:
Presidente Dilma Rousseff durante discurso do Papa Francisco na ONU, em Nova York Foto: Divulgação

Nova York - Apesar do momento de grave crise política em que a possibilidade de seu afastamento do governo vem sendo cada vez mais discutido, a presidente Dilma Rousseff fez uma ironia a jornalistas no início da noite desta sexta-feira, 25, após sair de uma reunião com o presidente do Irã em Nova York. "Todos nós que podemos cair temos que ser solidários, no sentido amplo da palavra", disse ela.

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A presidente já tinha ido em direção ao carro oficial que a levaria de volta ao hotel em que está hospedada em Nova York quando começou a rápida conversa com jornalistas e brincou sobre a falta de destreza da repórter do Estado que a acompanhou andando de bicicleta e que Dilma disse, rindo, que "quase caiu cinco vezes". Em seguida, outro repórter lembrou o auxílio que a presidente deu a um ciclista em Brasília que se acidentou na semana passada. A presidente então parou, sorriu e fez o comentário que a leva a duplas interpretações: "Todos nós que podemos cair temos que ser solidários". Fez uma pausa e completou dizendo: "no sentido amplo da palavra". 

Dilma que iria para um jantar na sede das Nações Unidas (ONU) oferecido pela Suécia preferiu voltar ao hotel para se agasalhar por conta da queda da temperatura na cidade. 

Pela terceira vez no mesmo dia, os jornalistas tentaram arrancar declarações da presidente sobre a reforma ministerial, a crise política no Brasil e o apetite do PMDB por cargos. Dilma, porém, não quis responder e encerrou a entrevista com uma risada e um aceno de até logo. Mesmo estando afastada do País desde quinta-feira, a presidente continua em contato com seus ministros mais próximos, sendo informada sobre o desenrolar das negociações, não só com o PMDB, mas com os demais partidos. 

Por conta das dificuldades de acomodação da base aliada e conflito de interesse entre partidos, a presidente precisou adiar a reforma ministerial para depois de sua a volta ao Brasil. A sua chegada está prevista para a manhã de terça-feira, 29.

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