BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou na noite deste domingo, 15, que enfrenta dificuldades técnicas para divulgação dos resultados das eleições de 2020. Segundo a Corte, isso ocorre em razão de uma lentidão no processo de totalização dos votos (soma dos votos).
O TSE afirmou que os dados estão sendo remetidos normalmente pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e recepcionados também normalmente pelo banco de totalização. Mas explicou que esse banco está somando o conteúdo de forma mais lenta que o previsto.
Após as instabilidades enfrentadas no aplicativo e-Título, agora é o site de divulgação das Eleições (resultados.tse.jus.br) que apresenta problemas na atualização dos dados. Mas a informação é de que essa dificuldade técnica não reflete nenhum problema no sistema de apuração, que estaria recebendo normalmente as informações do pleito.
“O problema está sendo resolvido pelos técnicos, para a retomada mais célere do processo de divulgação. Ressaltamos que não há nenhuma relação com o vazamento de dados pessoais de servidores e nenhuma relação com a tentativa de ataque cibernético registrada pela manhã”, afirma nota divulgada pela assessoria do TSE.
Mais cedo, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, informou que o sistema responsável pelas informações da Justiça Eleitoral foi alvo de uma tentativa de ataque hacker, mas que investida foi totalmente neutralizada. Segundo ele, não houve nenhum tipo de prejuízo à eleição. "Houve de fato uma tentativa de ataque hoje, com quantidade de acessos massivos para tentar derrubar o sistema como um todo. E não foi bem-sucedido", disse Barroso em entrevista durante a tarde.
A Corte Eleitoral tomou medidas de prevenção após o sistema do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ser invadido por um hacker, que bloqueou o acesso aos processos e paralisou as atividades do tribunal no início do mês.
Neste ano, o pleito conta com uma novidade no processo de totalização dos votos. Agora, essa etapa está concentrada no data center do TSE, enquanto que em eleições passadas o processamento era feito pelos tribunais regionais eleitorais. Ou seja, houve uma redução de 27 pontos de totalização para um.
No sábado, o secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Janino, afirmou que a mudança traria várias vantagens, como na "economicidade, segurança, gerenciamento, e na agilidade".