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À noite, Largo da Batata abandona o carnaval e adota o baile funk

Ainda sem números oficiais, multidão se espalhou pelas ruas de Pinheiros durante toda a tarde e início da noite do sábado de carnaval

Foto do author Gilberto Amendola
Por Gilberto Amendola
Atualização:

Depois que o sol se pôs e o arco-íris que ornou São Paulo no final da tarde desapareceu, o clima no Largo da Batata, que reuniu foliões o dia inteiro mesmo sem a presença de um bloquinho específico, deixou de ser "carnavalesco" e se transformou em uma espécie de baile funk. Quase não se ouvia mais musicas de carnaval, apenas a batida do funk.

O clima no Largo da Batata Durante na noite de sábado de carnaval, foi de 'baile-funk' Foto: Gilberto Amendola / Estadão

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Enquanto o Metrô controlava a entrada e saída de foliões, a festa seguia de um jeito diferente. Não se vi mais fantasias. O som vinha de caixas de som menores ou do gogó dos participantes.

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O consumo excessivo de álcool deixava suas vítimas pelo largo. Muita gente vomitando, passando mal ou mesmo desmaiada. Impressionava o número de garrafas no chão – não foi raro ver gente de pé cortado procurando uma ambulância.

Brigas pontuais e sem maiores consequências aconteceram – todas por excesso de álcool. O consumo de maconha e os vendedores oferecendo lança-perfume continuaram a aparecer.

Às 21h30 deveria começar a operação limpeza da Prefeitura, retirando as pessoas do local.

Durante o dia, o largo em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, transformou-se no ponto de encontro do carnaval paulistano, naconfluência do blocos que agitaram o bairro e também a Vila Madalena. Ainda sem números oficiais, a multidão impressionava e se espalhava pelas ruas da região durante toda a tarde e início da noite deste sábado, 10. 

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No meio da multidão, não era difícil ouvir alguém oferecer "lança" (lança-perfume). Ao perguntar "quanto", a reportagem ouviu valores que variavam de R$ 10 a R$ 15. Em nenhum dos casos, foi possível ver o recipiente. Apesar das revistas feitas nas proximidades da estação Faria Lima do Metrô, não era difícil encontrar foliões fumando maconha ou vendedores oferecendo "lança".

No local, a polícia confirmou que houve um número considerável de apreensão de entorpecentes – sendo essa a grande maioria das ocorrências. A polícia não tinha informações específicas, no local, sobre apreensão de lança-perfume.

O consumo de bebidas como catuaba e corote deixou, no largo, suas vítimas. Era comum encontrar pessoas passando mal pelo uso excessivo de bebida alcoólica.

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O largo também contou com um área fechada somente para convidados onde era possível andar de montanha russa e tomar um banho de glitter. “Agora esse glitter só vai sair no carnaval que vem”, gritou a estudante Rita Lorena Afonso, 26 anos.

Os blocos de pré-carnaval, que desfilaram entre 3 e 4 de fevereiro, já haviam consagrado a capital paulista no mapa da folia. Somente no último sábado, 3, os dois milhões de foliões estimados pela prefeitura já equivalem ao público dos 381 blocos que saíram às ruas em 2017.

Público. Na noite deste sábado, 10, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) estimou em 1,6 milhão o número de pessoas em blocos no primeiro dia de carnaval na capital paulista. 

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