Corregedoria da PM investiga 19 suspeitos de envolvimento em ataques em SP

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos para recolher indícios de participação dos policiais na chacina de Osasco e Barueri, que deixou 18 mortos

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Por Redação
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Atualizado em 23/08/2015 às 00:25

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SÃO PAULO - A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo cumpriu nesse sábado mandados de busca e apreensão em residências de PMs para recolher indícios que provem a participação de suspeitos de executar 18 pessoas e ferir seis na chacina de Osasco e Barueri, no dia 13 deste mês. O Estado apurou que, ao longo da semana, foram expedidos pela Justiça Militar mais de 30 mandados. 

A investigação do órgão, como revelou no sábado o SPTV 2.ª Edição, da Rede Globo, também apura o envolvimento de 19 suspeitos. De acordo com o telejornal, 18 deles são PMs - 2 cabos, 5 sargentos e 11 soldados. O civil investigado é marido de uma policial e sua casa, portanto, também pode passar por averiguação. Os suspeitos vivem em Osasco, Barueri, na capital e em Sorocaba.

Em depoimento à Corregedoria, dois sobreviventes disseram ter visto um veículo da PM acompanhando o carro prata que transportava os matadores nas execuções. Segundo as testemunhas, cápsulas foram recolhidas dos locais do crime logo após os assassinatos.

Questionada, a Assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do governo Geraldo Alckmin (PSDB) divulgou nota em que apenas cita que há investigações, mas não da detalhes. "A Força-Tarefa formada por policiais civis e técnicos científicos mantém diligências para esclarecer as mortes ocorridas no último dia 13 em Osasco e Barueri.

A Corregedoria da Polícia Militar apoia os trabalhos", afirmou a pasta em nota. A Polícia Militar, também por meio da assessoria de imprensa, não respondeu aos questionamento e, em nota, indicou que as informações seriam esclarecidas pela SSP.

Segundo a reportagem do SPTV, testemunhas teriam dito aos corregedores que viram um carro da PM acompanhando o veículo prata em que estavam os atiradores. PMs ainda teriam voltado ao local dos crimes para recolher cápsulas. A suspeita de participação de policiais na chacina surgiu já no dia seguinte às mortes. Os ataques teriam ocorrido por vingança após a morte de um PM na região no último dia 7.

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