Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Trotta Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, serão indiciados por homicídio, confirmou no final da tarde desta sexta-feira, 18, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), delegado Aldo Galeano. Alexandre foi indiciado após o fim do seu depoimento e Anna Carolina será indiciada assim que seu interrogatório terminar. Isabella morreu na noite do dia 29 de março, depois de ser arremessada do 6º andar do edifício em que moram o pai, a madrasta e os dois filhos do casal. VEJA TAMBÉM Imagens do dia de depoimentos Imagens do apartamento onde ocorreu o crime Cronologia e perguntas sem resposta do caso Tudo o que foi publicado sobre o caso Isabella Alexandre prestou depoimento nesta sexta-feira por mais de cinco horas, das 11h45 até cerca de 18 horas. Ele foi ouvido pelos delegados Calixto Calil Filho e Renata Pontes, na sede do 9º Distrito Policial (Carandiru). A mulher de Alexandre esperou em uma sala sua vez de depor. Galeano afirmou ainda que, "de forma alguma" sairá ainda nesta sexta-feira, 18, o pedido de prisão preventiva do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella, indiciados pelo homicídio da menina. "Para fazer uma (prisão) preventiva tem que se preparar documentação. De forma alguma a prisão preventiva será pedida hoje", afirmou. Os laudos do Instituto de Criminalística (IC) já estão com o delegado Calixto Calil Filho, do 9º Distrito Policial (DP), no Carandiru, zona norte de São Paulo, e com a delegada-assistente Renata Pontes. O depoimento de Alexandre Nardoni começou com mais de meia hora de atraso. Um grupo de curiosos que estava na porta da delegacia cantou "parabéns" para Isabella no momento em que o casal chegou no local. Nesta sexta, 18, Isabella completaria seis anos. O avô da menina, Antonio Nardoni, também foi recebido com "parabéns" para a neta e gritos de "pai de assassino" pelos populares quando chegou no 9.º DP, por volta de 11h50. O casal teve a prisão temporária decretada na noite de 2 de abril, três dias após o assassinato de Isabella. No dia seguinte, Alexandre e Anna Carolina se apresentaram espontaneamente à polícia e em 11 de abril, o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Caio Eduardo Canguçu de Almeida, concedeu o habeas-corpus em caráter liminar para o casal. As polícias civil e militar montaram um verdadeiro esquema de segurança para que o casal pudesse fazer em segurança o trajeto entre a casa onde eles estavam, no Tucuruvi, até o 9 º Distrito Policial (Carandiru). Por volta das 10h30, eles tentaram sair da casa dos pais de Alexandre, no carro particular da família. Depois de tumulto provocado por populares e jornalistas, eles voltaram para dentro e decidiram pedir apoio policial. Os delegados Calixto Calil Filho e Renata Pontes, titular e assistente, decidiram que Alexandre Nardoni é o primeiro a depor no 9º DP, no Carandiru, na zona norte de São Paulo. Alexandre e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella, serão ouvidos em salas separadas. Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública, os delegados ainda não pensam em acareações. O casal chegou ao 9º DP pouco depois das 11 horas e foi recebido por um grupo de aproximadamente 50 pessoas que gritava palavras como "assassinos" e "justiça". Anna Carolina saiu da viatura policial chorando ao lado de Alexandre. Logo após a chegada do casal, um estalo (bombinha) foi jogado no local de entrada das viaturas. Houve correria de jornalistas, mas ninguém se feriu. (Texto atualizado às 20h28)