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Dois ônibus são incendiados em SP; olheiro é preso em Guarulhos

Bandidos atearam fogo usando gasolina e maçarico; homem preso havia saído da prisão após receber o benefício da saída temporária de Pascoa

Por Pedro da Rocha e Ricardo Valota
Atualização:

 SÃO PAULO - Dois ônibus foram incendiados nesta noite de segunda-feira, 25, e madrugada desta terça-feira, 26, em Sapopemba, na zona leste de São Paulo, e no Sacomã, na zona sul. As ações dos criminosos acontecem no momento em que as polícias do Estado de São Paulo estão em alerta em razão de uma série de execuções de policiais militares e ataques a bases da PM ocorridos neste mês.

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Em Guarulhos, na Grande São Paulo, um homem foragido da Justiça foi preso a cerca de 50 metros de uma base da PM, sob suspeita de passar informações para criminosos sobre a movimentação na Companhia da Polícia Militar (PM).

Incêndio. Às 22h35 de segunda-feira, um ônibus intermunicipal que saiu do Terminal Rodoviário do Tietê em direção a São Caetano, na Grande São Paulo, parou na altura do número 400 da avenida Arquiteto Vilanova Artigas. Segundo o motorista, que estava sozinho no coletivo, um menino de aproximadamente 14 anos, com uma garrafa de refrigerante na mão, deu o sinal de parada. Quando a porta se abriu outros garotos se aproximaram. Um deles, com a mão debaixo da blusa, disse estar armado e mandou o condutor descer. O veículo foi incendiado, provavelmente com o líquido que estava na garrafa, segundo o motorista.

Na rua Professor João Semeraro, em uma praça próxima à favela do Parque Bristol, quatro homens atearam fogo a um ônibus da empresa Via Sul. O motorista, José Jurandir dos Santos, de 31 anos, contou que estava parado com o coletivo esperando o horário marcado para a próxima viagem. Ele e o cobrador José Sobral da Silva, de 57 anos, foram surpreendidos pelos criminosos, que os mandaram descer. "Na hora tentei puxar minha bolsa. Um dos homens não gostou e falou: 'vou atirar nesse cara'. Corri sem pegar nada", relatou Santos. Ele disse que um bandido usou um maçarico para atear fogo.

Olheiro. O detento Fernando Júnior da Silva, de 27 anos, que afirmou à PM ser integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e que não retornou para a cadeia após gozar do benefício da saída temporária de Páscoa, foi recapturado, por volta das 15h de segunda-feira, a cerca de 50 metros da base da 1ª Companhia do 15º Batalhão da PM, na esquina da Rua Silvio Barbosa com a Rua Guaporé, no bairro Mikail, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Ao passar a pé em frente à base e permanecer observando o movimento dentro dela, Silva despertou suspeita. Com tatuagens pelo corpo típicas de integrantes da facção, o criminoso cumpriu pena na Penitenciária de Itirapina, região central do estado, a 215 quilômetros da capital.

Na Páscoa, em 5 de abril, ele saiu da unidade prisional após receber liberdade temporária e não retornou para a cadeia. Segundo os policiais, ele seria um olheiro e ajudava os comparsas nos planos de ataque à bases policiais. Desarmado, Silva foi encaminhado para a Cadeia Pública anexa ao 1º Distrito Policial de Guarulhos, no centro.

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