Isso é coisa de criança; E do pai, da mãe, do tio...

Programas com atividades antes restritas aospequenos agora se adaptam para toda a família

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Por Paula Felix
Atualização:

Cada vez mais a diversão dos filhos é uma opção de lazer também para mães. Seja para bebês ou crianças, os eventos têm ampliado o seu público e permitido que as brincadeiras e atrações sejam vivenciadas por toda a família. Mesmo lotadas - principalmente nos fins de semana -, as iniciativas entraram para o roteiro das mamães que antes se sentiam isoladas. Agora, elas podem participar das atividades e trocar experiências com outras mulheres. "É muito bom sair, fazer alguma coisa diferente e ir a um local com infraestrutura. A gente sabe que aqui ninguém fica com raiva quando nos levantamos para trocar a fralda ou quando o bebê chora", diz a auditora Stella Soares de Melo, de 32 anos, que levou a filha Isabela de Melo Almeida, de 4 meses, pela segunda vez ao Cinematerna, na quinta-feira. O projeto - presente em diferentes cinemas do País - oferece sessões para mães com bebês de até 18 meses. Cofundadora do Cinematerna, Tais Viana conta que há seis anos, quando a iniciativa surgiu, atividades com esse perfil eram raras. "Havia opções para adultos ou para crianças maiores. As mães ficavam em casa e batia a solidão, porque elas são o centro das atenções quando estão grávidas, mas, depois que o bebê nasce, ficam isoladas. Hoje, percebo que começaram a aparecer mais opções e a sociedade paulistana aceita mais a participação da mãe com o bebê." Antenadas. Stella conta que tem acompanhado a programação de eventos para mães e filhos pela internet e que pretende aumentar sua participação neles conforme a filha, Isabela, cresce. "As pessoas estão vendo que as mães são mais descoladas e esses eventos proporcionam independência para aquelas que não estão acostumadas a ficar em casa." Felipe Lombardi Andrade, de 8 meses, participa de atividades desde os 2. Na semana passada, ele e a mãe, a diretora financeira Michelle Lombardi Andrade, de 32 anos, foram juntos ao cinema pela primeira vez. "É uma oportunidade maravilhosa. Geralmente, os pais têm restrições (a alguns locais) quando estão com os filhos. Mas a divulgação está melhor e o espaço que abriram para esse público é bem maior. Noto que os locais estão sempre cheios." Mãe de um bebê de 2 meses, a bancária Carolina Sansão, de 31 anos, também percebeu a mobilização de mulheres nesse tipo de atividade. "Estão atraindo mais público. Com a internet, as mães se comunicam mais e ficam à vontade para se encontrar com as outras." Espaço visitado com frequência por crianças em excursões escolares, o Catavento Cultural, no Parque d. Pedro, no centro da capital, também está no circuito das famílias. A nutricionista Andrea Aleika, de 35 anos, é de Natal, no Rio Grande do Norte, e veio passar uma semana em São Paulo com o marido e os dois filhos. "Viemos para fazer esse tipo de programa, que desenvolve o conhecimento deles e que tem a parte prática. Minha filha ficou encantada." Estrutura. Áreas para brincadeiras, fraldários equipados e discretos, serviço de carrinhos de bebê, poltronas para amamentação e até micro-ondas para aquecer o leite. Os shoppings notaram que é preciso oferecer lazer e conforto para as mães. Assim, eles se equiparam, facilitando o passeio da família. "Vi na internet que tinha um espaço especial e trouxe a minha filha. Ela gosta muito de atividades de colorir, de brincadeiras", diz a técnica em enfermagem Érika Bucci, de 33 anos, mãe de Fernanda Boer, de 4 anos, que visitou um espaço montado para o Dia das Crianças no Shopping West Plaza anteontem.

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