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Para driblar interdição, ônibus terão faixa em via paralela à Paulista

Pistas exclusivas serão ativadas quando houver interrupção no trânsito, como em protesto ou acidente, e também aos domingos

Por Felipe Resk
Atualização:
Faixas foram implantadas no eixo formado pela Alameda Santos e por parte das Ruas Cubatão e Abílio Soares, no sentido Paraíso Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

SÃO PAULO - Para “driblar” interdições, os ônibus que circulam pela Avenida Paulista, no centro, vão recorrer a faixas exclusivas instaladas à direita de vias paralelas. Elas só serão ativadas quando houver interrupção no trânsito, como em casos de protesto ou acidente, e aos domingos, dia em que a Paulista fica fechada para veículos.

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Com 5,8 quilômetros ao todo, as faixas foram implementadas nesta segunda-feira, 4, no eixo formado pela Alameda Santos e por parte das Ruas Cubatão e Abílio Soares, no sentido Paraíso. Já no sentido Consolação, elas foram instaladas em toda a extensão das Ruas Cincinato Braga e São Carlos do Pinhal, além de um trecho da Rua Antonio Carlos.

Em nota, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) diz que o objetivo é “priorizar a circulação do transporte coletivo, com melhoria do desempenho dos ônibus nas vias paralelas à Avenida Paulista, redução nos tempos de viagem, maior conforto e segurança aos usuários beneficiados”. 

Nessas ruas, a sinalização com o amarelo piscante significa que apenas o transporte público poderá circular pela faixa à direita. A multa para quem invadir a via é de R$ 191,54 e sete pontos na carteira. Quando o sinal não estiver acionado, todos os veículos trafegam normalmente. Segundo a CET, 22 linhas de ônibus municipais, com frequência de 151 coletivos por hora, passam pelos trechos onde as faixas foram instaladas.

Para Horácio Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), a faixa exclusiva em vias paralelas é “um remendo”. “O correto seria fazer um corredor de ônibus no canteiro central da Paulista e a ciclovia, nas proximidades”, diz. “Os ônibus ficam travados aos domingos, por causa do fechamento. É um remendo, mas é melhor que nada.”

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