Paralisação afeta 2,5 milhões em SP e atinge unidades de saúde e escolas
Prefeitura cobrará multa de R$ 5 mi; 'totalmente a favor' da reforma da Previdência, Doria diz que servidores envolvidos não terão ponto cortado
Por Marco Antônio Carvalho
Atualização:
SÃO PAULO - A Prefeitura de São Paulo estimou que 2,5 milhões de pessoas tenham sido afetadas pela paralisação dos serviços de transporte público, ocasionada pela greve dos trabalhadores, até as 12 horas na cidade. A administração informou no início da tarde desta quarta-feira, 15, que cobrará judicialmente a aplicação da multa de R$ 5 milhões aos sindicatos envolvidos.
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Segundo o prefeito João Doria (PSDB), até 30% dos funcionários da rede pública municipal de saúde encontraram dificuldades para chegar a unidades, que tiveram o funcionamento afetado.
Na área da educação, 814 escolas funcionaram parcialmente e 528 fecharam as portas no período da manhã. A rede conta com 3.814 unidades, e a maioria não teve as atividades alteradas.
A Prefeitura informou que não deverá cortar o ponto dos trabalhadores públicos envolvidos ou não com a greve. "Excepcionalmente, não terão o ponto cortado. A forma que o protesto foi feito prejudicou muita gente. Há legitimidade para o protesto, mas não pode causar esse prejuízo", disse Doria, que pediu a empresários que repitam o gesto de evitar cortes ou punições aos que faltaram ao expediente.
Protestos contra reforma da Previdência paralisam transporte
1 / 20Protestos contra reforma da Previdência paralisam transporte
Estação Corinthians Itaquera (São Paulo)
Como consequência da falta dos ônibus operados por viações de transportes, os micro-ônibus ficaram lotados em Itaquera, na zona leste da capital pauli... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
Terminal João Dias (São Paulo)
Nesta terça-feira, 14, a Justiça de São Paulo determinou que pelo menos 70% da frota de ônibus da capital paulista circulasse na cidade durante a para... Foto: Felipe Rau/EstadãoMais
Terminal João Dias (São Paulo)
O Tribunal Regional do Trabalho, a pedido da São Paulo Transporte (SPTrans), estatal municipal que administra o sistema de ônibus, proibiu a paralisaç... Foto: Felipe Rau/EstadãoMais
Ponto de ônibus no Belém (São Paulo)
Ponto de ônibus amanheceu vazio na Rua Paulo Andrighetti, no Belém, na zona leste capital paulista Foto: Felipe Cordeiro/Estadão
Radial Leste (São Paulo)
Sem metrô e ônibus de empresas, movimentação de passageiros em busca de micro-ônibus foi intensa na Radial Leste, próximo à Estação Corinthians-Itaque... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
Estação Santo Amaro (São Paulo)
"Avisaram no trabalho que era para ir assim que tivesse ônibus, então preciso esperar", disse a auxiliar de limpeza Ozineide dos Reis Souza, de 26 ano... Foto: Luiz Fernando Toledo/EstadãoMais
Terminal João Dias (São Paulo)
Passageiros que chegaram cedo ao Terminal João Dias, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, encontraram-no vazio Foto: Felipe Rau/Estadão
Ponto de ônibus em Santo Amaro (São Paulo)
Passageiros aguardam ônibus em um ponto na Avenida João Dias, em Santo Amaro, na zona sul de capital paulista Foto: Felipe Rau/Estadão
Terminal João Dias (São Paulo)
As principais capitais brasileiras amanheceram nesta quarta-feira, 15, com parte dos serviços de transporte coletivo afetada por uma paralisação contr... Foto: Felipe Rau/EstadãoMais
Estação Corinthians-Itaquera (São Paulo)
As Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás do Metrô de São Paulo amanheceram fechadas por causa da paralisação Foto: Hélvio Romero/Estadão
Estação Corinthians-Itaquera (São Paulo)
Em São Paulo, o sindicato de motoristas e cobradores de ônibus decidiu cruzar os braços entre a 0 hora e 8 horas desta quarta-feira. Apenas os coletiv... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
Estação Corinthians-Itaquera (São Paulo)
Cerca de 9 milhões de passageiros utilizam diariamente os ônibus da São Paulo Transporte (SPTrans) Foto: Hélvio Romero/Estadão
Terminal João Dias (São Paulo)
Nenhum ônibus saiu do Terminal João Dias, em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista,no início da manhã Foto: Felipe Rau/Estadão
Terminal João Dias (São Paulo)
Mesmo com a paralisação, alguns passageiros foram ao Terminal João Dias, em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, e encontraram o local vazio,... Foto: Felipe Rau/EstadãoMais
Estação Santo Amaro (São Paulo)
A auxiliar de limpeza Ângela Maria Silva, de 51 anos, teve de mudar o trajeto que costuma fazer e pedir ajuda dos patrões para chegar ao trabalho. Em ... Foto: Luiz Fernando Toledo/EstadãoMais
Terminal João Dias (São Paulo)
Na ação ajuizada na Justiça comum, a gestão João Doria (PSDB) afirmou que foi pega de surpresa com o anúncio da paralisação da categoria Foto: Felipe Rau/Estadão
Terminal João Dias (São Paulo)
As paralisações são motivadas pela proposta do governo de Michel Temer (PMDB) de reformar as regras para aposentadoria no País Foto: Felipe Rau/Estadão
Estação Corinthians Itaquera (São Paulo)
Na Estação Corinthians-Itaquera, na zona leste de São Paulo, apenas os trens daCompanhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) funcionavam, o que pr... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
Estação Corinthians-Itaquera (São Paulo)
Além de São Paulo, havia protestos e paralisações programadas em ao menos seis capitais do País Foto: Hélvio Romero/Estadão
Ponto de ônibus em Santo Amaro (São Paulo)
Os motoristas de cooperativas que operam micro-ônibus não aderiram à paralisação Foto: Felipe Rau/Estadão
O prefeito reforçou que "não vai admitir" que manifestações como desta quarta se repita.
"Vamos agir com maior rigor. Os sindicatos fizeram o que não deveriam fazer. Já cobrei aos secretários para a cobrança de R$ 5 milhões estipulada na ação. Sentença existe para ser cumprida", acrescentou.
Questionado sobre sua posição quanto à reforma da Previdência, Doria disse ser "totalmente a favor".