Polícia acredita que helicóptero com noiva caiu por causa do mau tempo

Testemunha contou que aeronave voava muito baixo por causa da chuva e da forte neblina; segundo delegado, helicóptero não tinha instrumentos de navegação

PUBLICIDADE

Por Alexandre Hisayasu
Atualização:
Piloto, noiva, irmão da noiva e fotógrafa grávida morreram no acidente na Grande São Paulo Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

SÃO PAULO - A Polícia Civil acredita que a queda do helicóptero, em São Lourenço da Serra, região metropolitana de São Paulo, que matou quatro pessoas no último final de semana, tenha sido provocada pelo mau tempo. Esta é a principal hipótese das investigações coordenadas pelo delegado Flávio Luis Teixeira. 

PUBLICIDADE

Uma testemunha relatou que o helicóptero "voava muito baixo" por causa da forte neblina que havia no local. "Quando o helicóptero caiu, também chovia bastante. Além disso, a aeronave não tinha instrumentos de navegação. O piloto contava apenas com o visual", contou o delegado.

Uma investigação preliminar constatou que o helicóptero estava com a documentação em dia. A polícia instaurou inquérito de homicídio culposo. "Vamos apurar se alguém agiu de maneira imprudente", afirmou Teixeira. Uma perícia do Instituto de Criminalística e da Aeronáutica vai ajudar as investigações a descobrir as causas do acidente.

A auxiliar de enfermagem Rosemere Nascimento Silva, de 32 anos, era aguardada para o início de sua festa de casamento na Grande São Paulo Foto: Reprodução

O helicóptero, modelo Robinson 44, caiu na tarde de domingo, no bairro Barrinha, uma região com muitas chácaras. A aeronave transportava a enfermeira Rosemere Nascimento Silva, 32 anos, a irmã dela, uma fotógrafa grávida e o piloto. Todos morreram na hora. Rosemere estava a caminho do próprio casamento e pretendia surpreender o noivo, o chaveiro Udirlei Marques Damasceno, de 34 anos, chegando de helicóptero.

Segundo a polícia, os corpos foram liberados nesta segunda-feira pelo Instituto Médico Legal (IML). Ainda não há informações sobre o enterro das vítimas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.