Polícia prende funcionário de lava-rápido por furto de água na zona sul de SP

Empresa na Vila Mascote operava normalmente mesmo sem efetuar pagamento à Sabesp; abastecimento estava cortado no local

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Por Luiz Fernando Toledo
Atualização:

Atualizada às 16h06

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SÃO PAULO - O funcionário de um lava-rápido localizado na Vila Mascote, zona sul de São Paulo, foi detido nesta quinta-feira, 12, por furtar água em um sistema de "gato".A conta do imóvel estava cortada por falta de pagamento, mas as operações se mantiveram regulares. Diferentemente do que havia sido informado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)anteriormente, o responsável pelo imóvel ainda não foi encontrado. 

A companhia identificou o desvio de água no local e avisou à Polícia, que prendeu o homem em flagrante. Ele alegou não ser o dono do imóvel, mas não soube dizer onde estavam os proprietários. Um técnico da Sabesp que acompanhou os policiais constatou que um cano de PVC fazia o abastecimento sem computar o uso real de água. O funcionário foi encaminhado ao 43º Distrito Policial (Cidade Ademar).

A companhia afirmou que vai cobrar os valores retroativos ao período de uso - a conta do estabelecimento estava suprimida desde novembro de 2014. Há um poço no local e o cliente chegou a alegar que o consumo viria desta fonte alternativa. A Sabesp informou, no entanto, que aplicou um reagente na água para identificar a presença de flúor, que só existe na água tratada pela companhia. "Foi constatado que o abastecimento era proveniente da rede pública e não do poço". O imóvel consumiu a média de 201m³ no período entre dezembro de 2014 a fevereiro de 2015, suficiente para 15 famílias de quatro pessoas, por mês. 

Fraudes. Só no ano passado, a Sabesp informou que houve fraude em pelo menos 2,6 bilhões de litros, média de 42 casos por dia. O valor é suficiente para abastecer 260 mil pessoas durante todo o ano. Em 2014, a empresa cobrou R$ 17,4 milhões dos fraudadores pelas perdas, em um total de 15,6 mil fraudes identificadas - 13% a mais que em 2013. Os clientes mais comuns são de residências, galerias comerciais, salões de beleza, pensões, bares, lanchonetes e restaurantes.

O crime pode ser denunciado por telefone 195 ou pelo Disque Denúncia, o 181.

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