Prédio com risco em Praia Grande: o que será feito para estabilizar imóvel?

Edifício de 23 pavimentos foi interditado na terça após aparecerem trincas na estrutura; instalação de 2 mil escoras metálicas pretende evitar sobrecarga de pilares danificados

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Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

A prefeitura de Praia Grande informou que estão sendo instaladas duas mil escoras metálicas junto aos três pilares danificados no edifício Giovannina Sarane Galavotti, em Praia Grande, litoral de São Paulo. Segundo o município, com as escoras já instaladas, o prédio de 19 andares e 23 pavimentos está estabilizado, permitindo que a empresa realize obras definitivas de reforço estrutural na edificação. O imóvel está totalmente interditado desde a terça-feira, 13.

Moradores foram até o edifício interditado pela Defesa Civil para resgatar pertences Foto: Taba Benedicto/Estadão

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O escoramento visa a reduzir ao máximo a carga estrutural dos pilares que sofreram o cisalhamento – termo técnico pelo qual é conhecida a deformação de pilares devido à carga sobre eles.

A partir desta quinta-feira, 15, a construtora enviará para a prefeitura o projeto de recuperação definitiva das estruturas danificadas, além do laudo de condição da obra. Assim que for entregue, a documentação será analisada pelo corpo técnico da prefeitura e da Defesa Civil.

“Estando tudo de acordo, a obra de recuperação poderá ser iniciada, fator determinante para um possível retorno dos moradores ao edifício. Mas é importante ressaltar que, no momento, não existe uma data ou prazo determinado para isso”, disse, em nota.

A prefeitura informou ainda que o edifício está sendo constantemente monitorado e, nesta quarta, representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-SP) vistoriaram o local. O edifício conta com 23 pavimentos e tem 133 apartamentos distribuídos em 19 andares residenciais. O prédio fica a 50 metros da praia, no bairro da Aviação, em Praia Grande.

A Construtora JR, responsável pelo edifício, disse que deslocou engenheiros para verificar o problema e que as providências estão em andamento.

‘Pensei em terremoto’

O prédio estava ocupado por 230 moradores fixos e algumas dezenas de visitantes ou inquilinos de veraneio. Por volta das 14 horas dessa terça, eles perceberam trincas nas janelas.

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A técnica de enfermagem Larissa Ribeiro tinha acabado de colocar o carro na garagem do edifício, quando ouviu um estouro. “Parecia estouro de pneu, mas senti que o pavimento tremeu. Pensei em terremoto, manobrei o carro e saí. Quando estacionei na rua, os moradores já estavam deixando o prédio.” Ele passava o carnaval no apartamento de uma prima.

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