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Prédios são interditados no Brooklin após fissura

Piscina de edifício tem rachadura. Moradores temem danos estruturais em condomínio

Por Luisa Alcalde e JORNAL DA TARDE
Atualização:

A Defesa Civil Municipal interditou parcialmente dois prédios residenciais no Brooklin, zona sul da capital, no fim da tarde de ontem. Uma rachadura de quase quatro dedos de espessura em uma das laterais da piscina localizada na cobertura do Edifício Brooklin Village motivou a medida preventiva. Os apartamentos 181 e 183, logo abaixo da piscina, também foram lacrados, além da sacada e da parte térrea do residencial no número 217 da Rua Nebrasca. O prédio vizinho, Conde de Linhares, no número 251, também teve parte da entrada e da garagem do lado direito interditados pelo órgão municipal. "Há risco. Pequeno, mas há. Por isso resolvemos interditar", afirmou o coronel Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil. "Foi uma precaução. A interdição é temporária até que o condomínio providencie os reparos necessários", explicou.Segundo Lima, não havia necessidade de evacuar o local. "Não há motivo para pânico. Está tudo dentro da normalidade", disse Lima. A rachadura na piscina de 20 metros de comprimento por 4 m de largura era pequena e aumentou de tamanho de domingo para ontem. A síndica, então, ligou para o Corpo de Bombeiros e para a Defesa Civil e solicitou uma vistoria. O prédio de classe média tem 18 andares, 68 apartamentos de 62 a 65 metros quadrados no valor médio de R$ 350 mil, com 136 moradores. Engenheiros da construtora também estiveram no local. O edifício foi erguido há 10 anos. No começo da noite ainda jorrava água na via, vinda da piscina, que estava sendo esvaziada. De mudança. Uma moradora, gerente financeira de uma empresa que pediu para não ter o nome publicado, disse que vários apartamentos passam por reforma atualmente. "Muita gente está quebrando paredes para fazer cozinha americana", disse ela, que saía do local carregando uma mala com a filha e um cãozinho para passar a noite na casa da mãe, na Chácara Flora, também na zona sul. "Estou assustada. A maioria dos moradores está saindo para passar a noite fora", afirmou. "Não estou confiando, não. Tem chovido muito. Desabou em São Bernardo do Campo e no Rio. Por isso está todo mundo assustado", disse.O engenheiro Ricardo Farias, de 46 anos, deixou o local com uma mala. Ele foi passar a noite na casa de conhecidos. "É mais por precaução, já que asseguraram não haver riscos", justificou. Farias mora no 13.º andar. Um morador, que também não quis ser identificado e que estava com a síndica, que preferiu não dar entrevistas, disse que não há danos na estrutura do prédio e que a interdição temporária ocorreu por precaução.O prédio vizinho, Conde de Linhares, teve parte da garagem coberta e da entrada direita do térreo interditadas. "A área está isolada porque pode, eventualmente, cair alguma placa", afirmou o síndico que preferiu se identificar apenas como Sérgio.

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